A História da Cultura e das Artes no sistema educativo e os seus impactos para a cidadania
DOI:
https://doi.org/10.25757/invep.v14i3.393Palavras-chave:
Educação, Arte, Mulheres, Inclusão, CidadaniaResumo
Este artigo pretende analisar a situação da disciplina de História da Cultura e das Artes, concretamente a visibilidade das mulheres artistas nos documentos desta disciplina do ensino secundário, e os seus impactos para a inclusão e a cidadania em Portugal. Para este objetivo, analisámos os principais documentos emanados do Ministério da Educação: Lei de Bases do Sistema Educativo, o Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória (12.º ano) e as Aprendizagens Essenciais da disciplina de História da Cultura e das Artes. Debruçámo-nos, também sobre os manuais adotados pelo grupo disciplinar.
Constatámos que nos dois manuais, do 10.º e 11.º anos, apenas foram retratadas 14 mulheres artistas, a maioria inseridas no período contemporâneo e no espaço geográfico europeu.
A partir das indagações, reflexões e críticas dos/as alunos/as sobre esta invisibilidade adotou-se uma prática docente que incluiu metodologias de investigação, sessões científicas com especialistas, realização de trabalhos que proporcionassem uma visão mais global da História da Cultura e das Artes, integrando mulheres artistas de todo o mundo. Finalizamos com o estado da arte sobre a visibilidade das mulheres nas artes.
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Fontes primárias
Aprendizagens Essenciais da disciplina de HCA, 10.º e 11.º anos, secundário, 2018 (revisão em 4/2/2022).
Legislação
Lei n.º 46/86 de 14 de outubro - Lei de Bases do Sistema Educativo
Despacho n.º 6478/2017, 26 de julho - “Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória”
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