As dificuldades dos alunos do 11º ano na produção de resumos: Redefinições para as práticas de ensino em sala de aula
DOI:
https://doi.org/10.25757/invep.v11i2.277Resumo
O gênero resumo é considerado como uma importante ferramenta para o processo de retextualização. Neste processso, o aluno torna-se protagonista na construção do seu conhecimento, aprendendo o funcionamento de textos em prol do desenvolvimento de processos metacognitivos para a aquisição de aprendizagem autônoma e permanente. O objetivo desse trabalho baseia-se em uma pesquisa que utiliza procedimentos interpretativos sobre o processo ensino-aprendizagem. A metodologia deste trabalho envolveu 17 alunos do 11.º ano de uma escola pública ao norte de Portugal e as estratégias textuais e discursivas utilizadas pelos alunos dentro de uma perspectiva de autonomia do gênero resumo, visando observar a sua relação com a aprendizagem da língua. A análise demonstrou as dificuldades de discernimento quanto às ideias essenciais e secundárias do texto-fonte utilizado. Observou-se que 62% dos alunos apresentaram nível insatisfatório de apropriação do texto-fonte e apenas 32% apresentaram nível satisfatório de compreensão leitora. Este estudo contribui para o estado das línguas e melhora as práticas de ensino em sala de aula.
Downloads
Referências
Adam, J. (1992). Lestextes: Types et prototypes, récit, description, argumentation, explication et dialogue (3º ed.).Paris: Nathan.
Adam, J. (2011). A linguisticatextual: Introdução à análise textualdos discursos. [The textual: Introduction to linguistic textual analysis of discourses] São Paulo: Cortez.
Anastasiou, L. G. C., & Alves, L. P. (2003). Estratégias de ensinagem. in L. G. C. Anastasiou, & L. P. Alves (Orgs.), Processos de ensinagem na universidade: Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. [Teaching Strategies. In Lin L. G. C. Anastasiou, & L. P. Alves (Orgs.), University teaching processes: Assumptions for classroom work strategies] Joinville: Univille.
Bakhtin, M. M. (1992). Marxismo e filosofia da linguagem. [Marxism and philosophy of language] São Paulo: Hucitec.
Bhatia, T. K. (2001). Punjabi. In J. Garry& and C. Rubino (Eds.), Facts about the world’s languages, an encyclopedia of the world’s languages: Past and present (pp. 576-579). New York/Dublin: HW Wilson.
Braggio,S.L.B. (1992). Leitura e alfabetização: Da concepção mecanicista à sociopsicolinguística. [Reading and literacy: From the mechanistic to the socio-psycholinguistic conception] Porto Alegre: Artes Médicas.
Bronckart, J.P. (1999). Atividades de linguagem, textos e discurso:Por um interacionismo sóciodiscursivo. [Language, text and discourse activities: For a socio-discursive interactionism] Oh, Trad. Anna Raquel Machado, Péricles Cunha. São Paulo: EDUC.
___________Atividade de linguagem, textos e discurso: Por um interacionismo sociodiscursivo. [Language, texts and discourse activity: For a socio-discursive interactionism] 2 ed. São Paulo: EDUC, 2012.
Bronckart, J. P. (2001). L’Enseigneent des discours. De l’appropriation pratique à la maítrise formelle. In M. Almgren et al. (Org.),Research on child language acquisition. New York: CascadillaPress, pp. 1-16.
Bronckart, J. P. (2008). O agir nos discursos: Das concepções teóricas às concepções dos trabalhadores. [Acting in discourses: From theoretical conceptions to workers' conceptions] Campinas, São Paulo: LettersMarket.
Binini, A. A. (1999).Escritura como pratica social no ensino de redação. [Scripture as a social practice in the teaching of writing] In Congresso Nacionalda Abralin.2.Florianópolis, S. C. Anais Florianópolis: Abralin, Cd-rom.
Chen, S. F. & Goodman, J. (1998).An empirical study of smoothing techniques for language modeling.Harvard Computer Science Group Technical Report TR-10-98. http://nrs.harvard.edu/urn-HUL.Inst Repos: 25104739.
Cicurel, F. (1992). Lecture interativeem langue étrangère. Paris: Hachette.
Dell’Isola, R.L.P. (2007). Retextualização de gêneros escritos. [Retextualization of written genres] Rio de Janeiro: Lucerna.
Dionísio, A. P., Machado, A. R., & Bezerra, M. A. (2010).Gêneros textuais e ensino. [Textual genres and teaching] São Paulo, Parábola Editorial.
Dolz, J.,Noverraz, M., &Schneuwly, B. (2004). Sequências didáticas para o oral e a escrita: Apresentação de um procedimento. [Didactic sequences for oral and written: Presentation of a procedure] In B. Schneuwly, & J.Dolz (Eds.),Gêneros orais e escritos na escoa (pp. 95-128). Campinas: Mercado de Letras.
Dolz, J., & Pasquier, A. (1996). Enseignement de l’argumentation et retoursurletexte. Repères, 10, 1-163.
Fiorin, J. L. (2002). Elementos de análise do discurso. [Elements of speech analysis] São Paulo: Contexto.
Garcia, O. M. (2010). Comunicação em prosa moderna [Communication in modern prose] (27ª ed.). Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas.
Kato, M. (1986). No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. [In the world of writing: A psycholinguistic perspective] São Paulo: Ática.
Kleiman, A. (2012). Modelos deletramento e as práticas de alfabetização naescola. [Literacy models and literacy practices at school] In A. B. Kleiman (Ed.),Os significados do letramento(pp. 13-60). Campinas: Mercado das Letras.
Koch, I. G. V. (2004).A coesão textual. [Textual cohesion] (19a ed.) São Paulo: Contexto.
Koch, I. G. V. (2002). Desvendando os segredos do texto. [Unraveling the secrets of the text] São Paulo: Cortez
Koch, I. G. V. (1997).Linguística textual: Uma introdução. [Textual Linguistics: An Introduction] (4a ed.) São Paulo: Cortez.
Leffa, V. J. (1996). Aspectos da leitura.[Aspects of Reading] Porto Alegre: Sagra-DC-Luzzatto.
Leurquin, E.V. L. F. (2015). Gênero textual e atividades de linguagem em sala de aula de Português Língua Estrangeira. In P. Osório, & L. Gonçalvez(Eds.),Contribuições da Linguística Aplicada para professores de línguas [Textual genre and language activities in the Portuguese as a Foreign Language classroom. In P. Osório, & L. Gonçalvez (Eds.), Contributions of Applied Linguistics for language teachers] (pp. 32-83).Campinas, São Paulo: Pontes.
Masetto, M. T. (2003).Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: Summus.
Machado, A. R. (2010). Revisitando o conceito de resumos. In A.P. Dionísio, A. R. Machado, & M. A. Bezerra (Eds.), Gêneros textuais e ensino. [Pedagogical competence of the university professor. São Paulo: Summus.
Machado, A. R. (2010). Revisiting abstracts concept. In A. P. Dionísio, A. R. Machado, & M. A. Bezerra (Eds.), Textual genres and teaching] São Paulo: Parábola Editorial.
Marcuschi, L. A. (2001). Da fala para a escrita. Atividades de retextualização. [From speaking to writing. Retextualization activities] São Paulo: Cortez.
Marcuschi, L. A. (2008). Produção textual, análise de gêneros e compreensão. [Textual production, genre analysis and comprehension] São Paulo, Parábola.
Marcuschi, L. A. (2009). Gêneros textuais: Definição e funcionalidade. In A. P. Dionísio, A. R. Machado, & M. A. Bezerra (Eds.), Gêneros textuais e ensino [Textual genres: Definition and functionality. In A. P. Dionísio, A. R. Machado, & M. A. Bezerra (Eds.), Textual Genres and Teaching] (4a ed.). Rio de Janeiro: Lucerna.
Marcuschi, L. A. (2011). Compreensão textual como trabalho criativo. In Universidade Estadual Paulista.Prograd. Caderno de formação: Formação de professores didática geral. [Textual understanding as creative work. In Universidade Estadual Paulista. Prograd. Training booklet: General didactic teacher training] São Paulo: Cultura Acadêmica (pp. 89-103) v.11. http://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40358/3/01d17t07.pdf.
Matêncio, M. L. M. (2002). Atividades de retextualização em práticas acadêmicas: Um estudo do gênero resumo. [Retextualization activities in academic practices: A study of the abstract genre] Scripta, 6(11), 25-32.
Medeiros, J. B. (2006). Redação Cientifica: A prática de fichamentos, resumos, resenhas, [Scientific Writing: The practice of listings, summaries, reviews] São Paulo: Atlas.
Moran, J. M. (2015). Mudando a educação com metodologias ativas. In C. A. de Souza, & O. E. T. Morales (Eds.),Convergênciasmidiáticas, educação e cidadania: Aproximações jovens. [Changing education with active methodologies. In C. A. de Souza, & O.E.T. Morales (Eds.), Media convergences, education and citizenship: Young Approaches] Vol II (pp.15-31), Coleção Mídias Contemporâneas.
Portugal. (2018). Documentos de orientação curricular: Aprendizagens essenciais de línguaPortuguesa. [Curriculum guidance documents: Essential learning of Portuguese language] 11ºano. Ministério da Educação: Direção-Geral da Educação. Order No. 8476-A/2018
Possenti, S. (2002). Indícios de autoria: Expressando a língua portuguesa e seu ensino. [Authorship indications: Expressing the Portuguese language and its teaching] Perspectiva, 20(1). Florianópolis: Editora da UFSC.
Silva, T. T. (2011). Documentos de identidade - Uma introdução às teorias do currículo. [Identity Papers - An Introduction to Curriculum Theories] Belo Horizonte: Authentic.
Solé, I. (1998). Estratégias de leitura. [Reading strategies] Porto Alegre: Artes Médicas.
Van Dijk, T. A. (2004). Discourse, context and cognition. Discourse Studies. https://www.discourses.org.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2021 Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os artigos da revista Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional estão licenciados conforme Creative Commons Attribution License (CC BY-NC 4.0) Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os artigos estão simultaneamente licenciados sob a Creative Commons Attribution License que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da sua autoria e da publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para disponibilizar a versão do texto publicada na Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional sem custos em repositórios institucionais ou outras plataformas de distribuição de trabalhos académicos (p.ex. ResearchGate), com a devida citação ao trabalho original.
A revista não aceita artigos que estejam publicado (exceto sob a forma de resumo ou como parte de uma tese), submetidos ou sejam submetidos durante o processo editorial a outras revistas ou publicações. Após publicado o artigo não pode ser submetido a outra revista ou publicação parcial ou totalmente sem autorização da coordenação editorial da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional.