O Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores do 1.º ciclo e a melhoria do ensino da Matemática

Auteurs-es

  • Maria de Lurdes Serrazina Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Lisboa

DOI :

https://doi.org/10.25757/invep.v3i2.34

Résumé

Neste artigo apresento uma análise do Programa de Formação Contínua em Matemática, que se desenvolveu em Portugal de 2005 a 2011. Começo por abordar a formação de professores que ensinam Matemática, tendo por base resultados da investigação que serviram de suporte para a definição do Programa de Formação Contínua em Matemática (PFCM). Serão depois analisados os dados do PFCM em termos do envolvimento dos professores do 1.º ciclo a quem ele se destinava. Faz-se uma avaliação da formação a partir de testemunhos dos formandos inseridos nos relatórios institucionais e/ou nos seus portefólios, para concluir que as características da formação foram determinantes para o aumento da confiança dos professores envolvidos e, em consequência, para a melhoria da aprendizagem da Matemática dos nossos alunos. Por fim, referem-se os resultados do TIMSS 2011, que vêm corroborar a afirmação feita anteriormente. Uma ideia forte que se transmite é a de que a formação contínua de professores tem de ter uma estreita ligação com a prática letiva.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

Alarcão, I. (1996). Reflexão crítica sobre o pensamento de D. Schon e os programas de formação de professores. In I. Alarcão (Org.), Formação Reflexiva de Professores, Estratégias de Supervisão (pp. 9-39). Porto: Porto Editora.

Ball, D. (1991). Research on teaching mathematics: making subject matter knowledge part of the equation. In J. Brophy (Ed.), Teachers’ knowledge of subject matter as it relates to their teaching practice (pp. 11-48). Greenwich: JAI Press.

Ball, D. & Bass, H. (2003) Toward a practice-based theory of mathematical knowledge for teaching. In B. Davis & E. Simmt (Eds.), Proceedings of the 2002 Annual Meeting of the Canadian Mathematics education Study Group (pp. 3-14). Edmonton, AB: CMESG/GCEDM.

Ball, D. L., Thames, M. H. & Phelps, G. (2008). Content knowledge for teaching: What makes it special? Journal of Teacher Education, 59(5), 389–407.

Beswick, K., Ashman, D., Callingham R. & Mcbain, D. (2011). Teachers‘ and pre-service teachers‘ confidence to teach primary school mathematics. Proceedings of the 2011 Australian Association for Research in Education Conference, 27 November - 1 December 2011, Hobart, Tasmânia (pp. 1-10). Austrália.

Direção de Serviços de Estatísticas da Educação (2013). Estatísticas da Educação 2010/2011. Lisboa: Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC). Em http://www.gepe.min-edu.pt/np4/672.html.

Graven, M. (2004). Investigating mathematics teacher learning within an in-service community of practice: the centrality of confidence. Educational Studies in Mathematics, 57, 177-211.

Jaworski, B. (1993). The professional development of teachers – the potential of critical reflection. British Journal of In-service Education, 19, 37-42.

Martins, C. M. (2011). O desenvolvimento profissional de professores do 1.º ciclo do ensino básico: contributos da participação num programa de formação continua em Matemática. Tese de doutoramento, Universidade de Lisboa.

ME (2007). Programa de Matemática do Ensino Básico. Lisboa: Ministério da Educação, DGIDC.

Mullis, I. V. S., Martin, M. O., Foy, P. & Arora, A. (2012). TIMSS 2011. International Results in Mathematics. Amsterdam: IEA.

OCDE (2004). Learning for tomorrow world – first results of PISA 2003. Em http://www.oecd.org/pisa/pisaproducts/pisa2003/learningfortomorrowsworldfirstresultsfrompisa2003.htm.

Schon, D. (1983). The reflective practitioner: how professionals think in action. New York: Basic Books.

Serrazina, L. (1999). Reflexão, conhecimento e práticas lectivas em Matemática num contexto de reforma curricular no 1.º ciclo. Quadrante, 8, 139-167.

Serrazina, M. L., Canavarro, A. P., Guerreiro, A., Rocha, I., Portela, J. & Saramago, M. J. (2005). Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores do 1.º Ciclo. http://www.dgidc.min-edu.pt/outrosprojetos/index.php?s=directorio&pid=31.

Shulman, L. (1986). Those who understand knowledge growth in teaching. Educational Researcher, 15(2), 4-14.

Stein, M. K., Remillard, J. & Smith, M. S. (2007). How curriculum influences student learning. In F. Lester (Ed.), Second handbook of research on mathematic teaching and learning: A project of the National Council of Teachers of Mathematics (Vol. II, pp. 319-369). Charlotte: Information Age Publishing.

Stein, M. K. & Smith, M. S. (1998).Mathematical tasks as a framework for reflection: From research to practice. Mathematics Teaching in the Middle School, 3(4), 268–75.

Comment citer

Serrazina, M. de L. (2015). O Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores do 1.º ciclo e a melhoria do ensino da Matemática. Da Investigação às Práticas: Estudos De Natureza Educacional, 3(2), 75–97. https://doi.org/10.25757/invep.v3i2.34

Numéro

Rubrique

Artigos