Da indeterminação à reconsideração da mediação cultural: Abordagem ecossistêmica de uma prática profissional
DOI:
https://doi.org/10.25757/invep.v14i2.373Palavras-chave:
Políticas públicas, Organizações culturais, Mediação cultural da arte, Ecossistema, PúblicosResumo
Embora os mediadores de arte cultural se reconheçam como constituindo um grupo profissional específico e, apesar das suas múltiplas iniciativas estruturantes, o reconhecimento da sua profissão ainda não ocorreu. No entanto, a sua presença nas estruturas artísticas e culturais é indiscutível, assim como o seu papel nas políticas culturais.
Híbrida, a mediação cultural da arte não conhece uma definição única, nem uma circunscrição estável das disciplinas que utiliza. Mais do que uma atividade profissional (de)limitada, abrange um campo de atividades profissionais modulares, plásticas e ilimitadas. “Em vez de uma ciência, forma um campo de cientificidades.1”
Portanto, como enfrentar o desafio de estabelecer fronteiras em torno de um conjunto específico de conhecimentos e competências, enquanto uma das características desta atividade profissional seja, precisamente, modular constantemente os seus contornos, em função da situação? A competência essencial desta profissão não seria justamente esta capacidade de agir no meio2? Olhar para a mediação cultural da arte como um ecossistema orgânico augura um possível reconhecimento desta profissão. Além disso, propõe outras formas de considerar a mediação cultural da arte e dos públicos e, de forma mais geral, de considerar as políticas públicas.
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