O ilustre extinto. O desaparecimento de António Aurélio da Costa Ferreira lembrado cem anos depois (1922-2022)
DOI:
https://doi.org/10.25757/invep.v13i2.371Palavras-chave:
António Aurélio da Costa Ferreira, História da Educação, Formação de Professores, Escola Normal Primária de LisboaResumo
No dia 15 de julho de 2022 cumpriram-se cem anos desde o desaparecimento de António Aurélio da Costa Ferreira. A importância da intervenção que manteve no campo educativo, mas também na ciência, nomeadamente na medicina, justifica a divulgação da sua obra, mas a verdade é que esta efeméride passou totalmente despercebida no meio académico dedicado à história da educação em Portugal.
Este artigo tem como principal objetivo resgatar aspetos da sua vida e obra, cumprido que foi o centenário da sua morte. Partimos, deliberadamente, dos ecos do seu precoce desaparecimento na imprensa periódica e no Parlamento para lembrar, depois, a sua ação política e científica, mas também enquanto docente formador de futuros professores, na Escola Normal Primária de Lisboa, em Benfica.
Ainda que as informações relativas a esta última dimensão sejam escassas, enquadra-se o seu papel de especialista no trabalho em torno do desenvolvimento infantil e, aspeto não menos importante, dá-se nota do seu legado na atual Escola Superior de Educação de Lisboa, no domínio da Educação Especial.
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