Descola - reconfigurações e reiterações da gramática escolar
DOI:
https://doi.org/10.25757/invep.v11i1.237Resumo
Reconhecendo a relevância social e científica atual das pesquisas que considerem, articuladamente, as dinâmicas educativas que decorrem dentro e fora dos espaços escolares, apresenta-se um estudo que explora uma oferta educativa da responsabilidade do município de Lisboa - o programa descola – a qual tem como público-alvo os professores e alunos das escolas básicas e secundárias. Orientada pela questão central “em que medida o descola reitera e/ou reconfigura a gramática escolar de educação?”, desenvolve-se uma abordagem metodológica qualitativa e interpretativa que assenta na análise de conteúdo da brochura do programa. Os resultados da pesquisa sugerem a presença de marcas da gramática escolar no descola, mas também de interrupções da mesma, fazendo emergir possibilidades de mudança da organização e trabalho escolares numa lógica de espaço público de educação.
Downloads
Referências
Alves, M., & Azevedo, N. R. (2010). Investigar em educação: desafios da construção de conhecimento e da formação de investigadores num campo multi-referenciado. Monte de Caparica: UIED. http://hdl.handle.net/10362/5287
Canário, R. (2005). O que é a Escola? Um "olhar" sociológico. Porto Editora.
Charlot, B. (1994). La territorialisation des politiques educatives: une politique national. In B. Charlot (Ed.), L'école et le territoire: nouveaux espaces, nouveaux enjeaux (pp. 27-48). Armand Colin.
Edwards, R. (2009). Introduction - Life as a Learning Context? In R. Edwards, G. Biesta, & M. Thorpe (Eds.), Rethinking Contexts for Teaching and Learning - communities, activities and networks (pp. 1-14). Routledge.
Edwards, R. (1997) Changing places? Flexibility, lifelong learning and a learning society. Routledge.
Ferreira, F. I. (2010). Democracia, liberdade e convivialidade: contributos de John Dewey, Paulo Freire e Ivan Illich para uma reconceptualização do espaço público da educação. In ForumPortuguêsdeAdministraçãoEducacional, ForumEuropeudeAdministradoresdelaEducación, & Associação NacionaldePolíticaeAdministraçãodaEducação (Ed.), Espaço público da educação. Emergência de políticas e práticas de gestão local, regional e nacional. I Congresso Ibero-Brasileiro de Política e Administração da Educação. Elvas, Cáceres, Mérida.
Fragoso, M., & Assis, M. (Coords.). (2018). DESCOLA - Atividades Criativas para alunos e professores 2018-2019. CML - DMC e EGEAC
Gomes, E. (2010). Da Europa às Cidades: contributos de novos contextos de educação para a compreensão da microregulação da política. In Alves, M., Aprendizagem ao longo da vida e políticas educativas europeias. Tensões e ambiguidades nos discursos e nas práticas de estados, instituições e indivíduos (pp. 139-176). Monte da Caparica: UIED. Disponível em https://run.unl.pt/bitstream/10362/5341/1/Alves_2010.pdf
Gomes, E., & Gonçalves, T. (2015). Trabalho da educação: acção humana, não produtividade e comunidade. Interacções, 24-46. Obtido de http://revistas.rcaap.pt/interaccoes/article/view/8464/6039
Le Boterf, G. (1994). De la Compétence. Essai sur un attracteur étrange. Les Éditions d'Organisation.
Martins, G. et al (2017). Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Ministério da Educação. Disponível em https://dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/perfil_dos_alunos.pdf
Nóvoa, A. (1998). Histoire & Comparaison (Essais sur l'Éducation). EDUCA/ FPCE-UL.
Nóvoa, A. (2002). O espaço público da educação: imagens, narrativas, dilemas. In AAVV (Ed.), Espaços de educação tempos de formação. Textos da Conferência Internacional (pp. 237-263). Fundação Calouste Gulbenkian.
Perrenoud, P. (2003). Porquê construir competências a partir da escola? Desenvolvimento da autonomia e luta contra as desigualdades. Cadernos Investigação e Práticas. ASA Editores.
Pires, A. (2005) Educação e Formação ao Longo da Vida. Análise crítica dos sistemas e dispositivos de reconhecimento e validação de aprendizagens e de competências. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
Pires, A., Alves, M., Gomes, E. (2019) Entre escolas e equipamentos de arte e cultura: em busca de outros tempos e espaços de educação. Actas do XXVI Colóquio AFIRSE Portugal: Tempos, Espaços e Artefactos em Educação. 31 janeiro a 2 fevereiro, IE-UL. Lisboa: Instituto da Educação da Universidade de Lisboa.
Pires, A. (no prelo) Escola e Comunidade: uma experiência criativa entre arte, cultura e educação. Atas do XV Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação: Liberdade, Equidade e Emancipação. 10-12 Setembro 2020.Porto: Ed. SPCE
Pombo, O. (s.d.). Museu e Biblioteca. A "alma" da Escola. Consultado a 6 de Outubro de 2019, em http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/cadernos/museubib/index.htm
Pombo, O. (2009). A estátua de Glauco ou afinal o que é a escola? Conferência proferida na C.M.L. em 25 de junho de 2009. Disponível em: https://www.esad.edu.pt/images/docs/ca7/AestatuadeGlaucoouafinaloqueeaescola.pdf
Rancière, J. (2010). On ignorant schoolmasters. In C. Bingham, & G. Biesta, Jacques Rancière. Education, Truth, Emancipation (pp. 1 - 24). Continuum International Publishing Group.
Rogers, A. (2014). The Base of the Iceberg - Informal Learning and its Impact on Formal and Non-Formal Learning. Barbara Budrich Publishers.
Santos, M. E. (2019). Introdução: à procura da mudança. In C. N. Educação (Ed.), Estado da Educação 2018 (pp. 4-9). Conselho Nacional de Educação. Consultado em http://www.cnedu.pt/content/edicoes/estado_da_educacao/Estado_da_Educacao2018_web_26nov2019.pdf
Trilla Bernet, J. (1999). A educación non formal e a cidade educadora: dúas perspectivas (unha analítica e outra globalizadora) do universo da educación. Revista Galega do Ensino, 24, 199-221. Consultado em https://www.fpce.up.pt/ciie/OCE/docs/a_educacion_non_formal.pdf
Tyack, D., & Tobin, W. (1994). The "Grammar" of schooling: why has it been so hard to change? American Educational Research Journal, 31(3), 453-479. Consultado em https://www.jstor.org/stable/1163222?origin=JSTOR-pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Os artigos da revista Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional estão licenciados conforme Creative Commons Attribution License (CC BY-NC 4.0) Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os artigos estão simultaneamente licenciados sob a Creative Commons Attribution License que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da sua autoria e da publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para disponibilizar a versão do texto publicada na Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional sem custos em repositórios institucionais ou outras plataformas de distribuição de trabalhos académicos (p.ex. ResearchGate), com a devida citação ao trabalho original.
A revista não aceita artigos que estejam publicado (exceto sob a forma de resumo ou como parte de uma tese), submetidos ou sejam submetidos durante o processo editorial a outras revistas ou publicações. Após publicado o artigo não pode ser submetido a outra revista ou publicação parcial ou totalmente sem autorização da coordenação editorial da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional.