Divisões espaciais do trabalho: O caso da mediação cultural em museus e instituições de arte europeus
DOI:
https://doi.org/10.25757/invep.v14i2.369Palavras-chave:
Mediação artística e cultural, Museus, Trabalho reprodutivo, Feminismo marxista, Estudos espaciais críticosResumo
A marginalidade e a periferia são temas redundantes no corpo de conhecimento produzido por mediadores culturais críticos que trabalham em museus de arte por toda a Europa. Partindo de uma abordagem espacial feminista que nos permite examinar a política de localização no museu como sendo ativamente implicada e como efeito do processo de genderização do trabalho educativo como trabalho reprodutivo, o artigo que se segue tenta analisar a inter-relação entre a “feminização” histórica da mediação, a sua subordinação na hierarquia do museu e a sua periferização física. Esta análise permite desnaturalizar hábitos profissionais implícitos. Ao considerar as genealogias repolitizadas da mediação cultural que re-situam este campo profissional na história dos movimentos sociais, este artigo também considera estratégias desobedientes e imaginativas que tomam o processo de desnaturalização acima mencionado como ponto de partida para ir além da análise e inventar outras formas de instituir.
Palavras-chave: Mediação artística e cultural, museus, trabalho reprodutivo, feminismo marxista, estudos espaciais críticos
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