A Formação dos Educadores de Infância na Área das Ciências
DOI :
https://doi.org/10.25757/invep.v6i2.76Résumé
Na Educação Pré-Escolar, muitas vezes, a necessidade que as crianças sentem de encontrar explicações para tudo o que as rodeia encontra-se diretamente associada à Área de Conhecimento do Mundo. Através de um estudo empírico, procurámos caracterizar a formação inicial dos educadores de infância na área das ciências, analisar as suas representações e práticas educativas no que concerne a atividades de índole científica e perceber que estratégias de formação e de supervisão poderão ser utilizadas para abordar esta área de forma mais consistente neste nível educativo. O estudo empírico, que envolveu um inquérito por questionário e entrevistas, foi realizado na rede de Educação Pré-Escolar do Concelho de Ponta Delgada. Os resultados mostram que a maioria das educadoras tem como agrupamento de origem as Humanidades, tendo tido o 9º ano como o último ano de frequência de disciplinas de ciências físico-químicas e naturais. As inquiridas consideraram insuficiente a sua formação nesta área. Reconheceram a importância e as potencialidades da realização de atividades de ciências com as crianças, mas mais de metade afirmou realizar estas atividades apenas uma vez por semana. Quase todas as educadoras admitiram a necessidade de melhorar as suas práticas neste âmbito. Estes resultados são discutidos à luz de mudanças necessárias ao nível da formação inicial e contínua de educadores nesta área, assim como de possíveis ajustamentos nas práticas e estratégias de supervisão utilizadas com estas profissionais.Téléchargements
Références
Alveirinho, D., Tomás, H., & Cardoso, L. (2002). Que educação em ciências queremos para os nossos educadores? Educare-Educere, 1(8), 85-91.
Afonso, M. (2008). A educação científica no 1.º ciclo do ensino básico: das teorias às práticas. Porto: Porto Editora.
Alarcão, I., & Tavares, J. (1987). Supervisão da prática pedagógica: uma perspectiva de desenvolvimento e aprendizagem. Coimbra: Edições Almedina.
Cachapuz, A., Praia, J., & Jorge, M. (2002). Ciência, educação em ciência e ensino das ciências. Lisboa: Ministério da Educação.
Catita, M. E. (2007). Estratégias metodológicas para o ensino do meio físico e social do pré-escolar ao 1.º ciclo. Porto: Areal Editores.
Díaz, M., J., (2002). Enseñanza de las ciencias¿ Para qué? Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 1(2), 57-63. Disponível em: http://www.saum.uvigo.es/reec/volumenes/volumen1/Numero2/Art1.pdf
Esteves, M., & Rodrigues, A. (2003). Tornar-se professor: estudos portugueses recentes. Investigar em Educação, 2, 15-65.
Fialho, I. (2007). O Pensamento de Rómulo de Carvalho: contributos para uma didáctica das ciências no jardim-de-infância. Acedido no dia 2 de setembro de 2011, disponível em:http://rdpc.uevora.pt/bitstream/10174/1301/1/R%C3%B3mulo+de+Carvalho.pdf
Fialho, I. (2009). Ensinar ciências no pré-escolar: contributos para aprendizagens de outras áreas/domínios curriculares – relatos de experiências realizadas em jardins-de- infância. Enseñanza de las Ciencias – Revista de Investigación y Experiencias Didácticas, Número Extra – VIII Congreso Internacional sobre Investigación en la Didáctica de las Ciencias, 5-8.
Howe, A. C. (2002). As ciências na educação de infância. In B. Spodek (Ed.), Manual de investigação em educação de infância (pp. 503-522). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Lima, J. Á. (2013). Por uma análise de conteúdo mais fiável. Revista Portuguesa de Pedagogia, 47(1), 7-29.
Marchão, A. J. (2011). Desenvolvimento profissional dos educadores e dos professores: é possível conciliar a supervisão e a avaliação de desempenho? Revista Profforma, 3. Disponível em: http://www.cefopna.edu.pt/revista/revista_03/es_06_03_AM.htm
Martins, I., Veiga, M., Teixeira, F., Tenreiro-Vieira, C., Vieira, R., Rodrigues, A. V., & Couceiro, F. (2007). Educação em ciências e ensino experimental: formação de professores. Lisboa: Ministério da Educação.
Mata, P., Bettencourt, C., Lino, M. L., & Paiva, M. (2004). Cientistas de palmo e meio: uma brincadeira muito séria. Análise Psicológica, XXII(1), 169-174.
Ministério da Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Editorial do Ministério da Educação.
Morais, A. M., & Neves, I. P. (2007). Fazer investigação usando uma abordagem metodológica mista. Revista Portuguesa de Educação, 20 (2), 75-104.
Paixão, M., & Cachapuz, A. (1999). La enseñanza de las ciencias y la formación de profesores de enseñanza primaria para la reforma curricular: de la teoría a la práctica. Enseñanza de las Ciencias, 17(1), 69-77.
Santos, M., & Brandão, M. (2008). Supervisão pedagógica numa articulação entre a preparação do educador, a formação do aluno e a qualidade da educação das crianças: a função da escala de empenhamento do adulto na concretização deste processo. Cadernos de Estudo, 7, 79-105.
Santos, M. C. (2002). Trabalho experimental no ensino das ciências. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Author(s) and Da Investigação às Práticas 2016

Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Os artigos da revista Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional estão licenciados conforme Creative Commons Attribution License (CC BY 4.0) Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os artigos estão simultaneamente licenciados sob a Creative Commons Attribution License que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da sua autoria e da publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para disponibilizar a versão do texto publicada na Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional sem custos em repositórios institucionais ou outras plataformas de distribuição de trabalhos académicos (p.ex. ResearchGate), com a devida citação ao trabalho original.
A revista não aceita artigos que estejam publicado (exceto sob a forma de resumo ou como parte de uma tese), submetidos ou sejam submetidos durante o processo editorial a outras revistas ou publicações. Após publicado o artigo não pode ser submetido a outra revista ou publicação parcial ou totalmente sem autorização da coordenação editorial da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional.