A comunicação matemática escrita

Auteurs-es

  • Filipa Faria Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa
  • Margarida Rodrigues Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa, UIDEF, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa http://orcid.org/0000-0003-4658-6281

DOI :

https://doi.org/10.25757/invep.v10i2.220

Résumé

O presente artigo tem por base um estudo realizado no ano letivo 2018/2019 no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada II do Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º Ciclo do Ensino Básico. Este estudo teve como objetivo principal caraterizar a comunicação matemática escrita de duas turmas de 6.º ano, no que diz respeito às dimensões correção, clareza e argumentação matemática. Dado o paradigma interpretativo associado ao objetivo do estudo, a metodologia que se afigurou mais apropriada foi a de natureza qualitativa. Os dados foram obtidos e tratados através de uma recolha e análise documental, que abarcou as resoluções de trinta e quatro alunos a quatro tarefas matemáticas realizadas em aula. Recorreu-se também ao cálculo de frequências com o intuito de quantificar os dados recolhidos, de forma a responder às questões já mencionadas. Através dos resultados obtidos, foi possível concluir que os alunos evidenciaram um desempenho positivo na sua comunicação matemática escrita, nomeadamente por recorrerem à argumentação ao longo das suas resoluções. Entre as dimensões correção e clareza, foi na primeira que os alunos evidenciaram um melhor desempenho.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Margarida Rodrigues, Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa, UIDEF, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa

Departamento de Formação e Investigação em Currículo e Didáticas, Domínio de Matemática

Références

Almeida, M. M. R. (2011). Insucesso na matemática: as percepções dos alunos e as percepções dos professores (Dissertação de mestrado, Universidade Portucalense Infante D. Henrique, Porto).

Arends, R. I. (2008). Aprender a Ensinar (7º ed.). Madrid: Editora McGraw-Hill.

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. (L. Antero e A. Pinheiro, Trad.). Lisboa: Edições, 70, 125-132.

Bivar, A., Grosso, C., Oliveira, F., Timóteo, M. C., Damião, H., & Festas, I. (2013). Programa e Metas Curriculares Matemática-Ensino Básico. Lisboa: Governo de Portugal: Ministério da Educação e Ciência.

Boavida, A. M. (2005). A argumentação em Matemática: Investigando o trabalho de duas professoras em contexto de colaboração. (Dissertação de doutoramento, Universidade de Lisboa, Lisboa). Consultado em https://repositorio.ul.pt/handle/10451/3140

Bogdan, R. C., & Biklen, S. K. (1994). Investigação qualitativa em educação. (M. J. Alvares, S. B. dos Santos e T. M. Baptista, Trad.). Porto: Porto Editora.

Brendefur, J., & Frykholm, J. (2000). Promoting mathematical communication in the classroom: Two preservice teachers' conceptions and practices. Journal of Mathematics Teacher Education, 3(2), 125-153.

Cai, J., Jakabcsin, M.S. & Lane, S. (1996). Assessing Students’ Mathematical Communication. School Science and Mathematics, 96, 238-246.

Cai, J., Magone, M. E., Wang, N. & Lane, S. (1996). A Cognitive Analysis of QUASAR's Mathematics Performance Assessment Tasks and Their Sensitivity to Measuring Changes in Middle School Students' Thinking and Reasoning. Research in Middle Level Education Quarterly, 19(3), 63-94.

Cândido, P. T. (2001). Comunicação em matemática. Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática (pp. 15-28). Porto Alegre: Artmed

Coutinho, C. P. (2019). Metodologia de investigação em ciências sociais e humanas. Coimbra: Almedina

Ferreira, M. D. C. R. & Fernandes, S. M. R. (2012). Desenvolvimento e aprendizagem: da perspectiva construtivista à socioconstrutivista. Psicologia da Educação. Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação, 34, 37-62.

Freixo, M. J. V. (2012). Metodologia Científica: Fundamentos, Métodos e Técnicas (4. ª ed.). Lisboa: Instituto Piaget.

Guerreiro, A. (2011). Comunicação no ensino-aprendizagem da matemática: Práticas no 1. º ciclo do ensino básico. (Dissertação de doutoramento, Universidade de Lisboa, Lisboa). Consultado em https://repositorio.ul.pt/handle/10451/5494

Kostos, K., & Shin, E. K. (2010). Using math journals to enhance second graders’ communication of mathematical thinking. Early Childhood Education Journal, 38(3), 223-231.

Martinho, M. H. S. D. S. (2007). A comunicação na sala de aula de matemática: um projecto colaborativo com três professoras do ensino básico. (Dissertação de doutoramento, Universidade de Lisboa, Lisboa). Consultado em https://repositorio.ul.pt/handle/10451/1523

Martins, G. D. O., Gomes, C. A. S., Brocardo, J., Pedroso, J. V., Camilo, J. L. A., Silva, L. M. U., ... & Rodrigues, S. M. C. V. (2017). Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória. Portugal: Ministério da Educação e Ciência.

ME. (2018). Aprendizagens Essenciais – Matemática 6.ºano. Lisboa: Ministério da Educação.

ME-DEB (2001). Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais. Lisboa: ME-DEB.

Moreira, S. A. & Fonseca, L. (2009). A comunicação e a resolução de problemas envolvendo padrões. Actas do XIXEIEM EIEM. Vila Real: Instituto Politecníco de Vila Real.

Phillips, E. & Crespo, S. (1996). Developing written communication in mathematics through math penpal letters. For the learning of mathematics, 16, 15-22.

Ponte, J. P. (2005). Gestão curricular em Matemática. In GTI (Ed.), O professor e o desenvolvimento curricular (pp. 11-34). Lisboa: APM.

Ponte, J. P., Martins, A., Nunes, F., Oliveira, I., Carvalho e Silva, J., Almeida, J., Serrazina, L. & Abrantes, P. (1998). Matemática Escolar – Diagnóstico e Propostas. Coleção Educação para o Futuro. Portugal: Ministério da Educação

Ponte, J. P., Serrazina, M. D. L., Guimarães, H., Breda, A., Guimarães, F., Sousa, H., ... & Oliveira, P. (2007). Programa de matemática do ensino básico. Portugal: Ministério da Educação

Rodrigues, A. D. (2001). Estratégias da Comunicação. Questão comunicacional e Formas de Sociabilidade (3.ª ed.). Lisboa: Editorial Presença

Ruas, J. (2017). Como fazer propostas de investigação, monografias, dissertações e teses. Moçambique: Escolar Editora

Sá, A. C. D. & Zenhas, M. D. G. (2004). Como abordar… a comunicação escrita na aula de matemática. Perafita: Areal Editores.

Sousa, M. J. & Baptista, C. S. (2011). Como fazer investigação, dissertações, teses e relatórios segundo Bolonha. Pactor Edições. Lisboa: Lidel.

Veia, L., Brocardo, J., & Ponte, J. P. D. (2015). Práticas de comunicação em contextos de organização e tratamento de dados. Atas XXVI Seminário de Investigação em Educação Matemática (pp. 136-150). Lisboa: APM.

Whitenack, J. & Yackel, E. (2008). Construindo argumentações matemáticas nos primeiros anos: A importância de explicar e justificar ideias. Educação e Matemática, 100, 85-88.

Yackel, E. & Cobb, P. (1996). Normas sociomatemáticas, argumentação e autonomia em matemática. Journal for Research in Mathematics Education, 27(4), 458-477)

Publié-e

2020-09-28

Comment citer

Faria, F., & Rodrigues, M. (2020). A comunicação matemática escrita. Da Investigação às Práticas: Estudos De Natureza Educacional, 10(2), 90–116. https://doi.org/10.25757/invep.v10i2.220

Numéro

Rubrique

Artigos