Literatura para a infância e formação de leitores: caminhos da formação inicial
DOI :
https://doi.org/10.25757/invep.v9i1.175Résumé
Atualmente a formação de leitores é assumida enquanto uma das prioridades de destaque no âmbito da arena educativa, adquirindo particular relevo na sociedade em geral e no que respeita à formação de futuros profissionais da Educação em particular. Na formação inicial, tal desiderato entende-se, aliás, enquanto compromisso maior, face à participação ativa destes futuros profissionais da Educação nas práticas de leitura do seu futuro público. Nesta comunicação, tendo como referencial teórico as potencialidades do livro-álbum para o desenvolvimento de tais práticas, temos como objetivos: i) investigar a relevância atribuída ao livro-álbum no desenvolvimento e planificação de atividades de motivação para a leitura; ii) refletir sobre o papel que este pode desempenhar no fomento de práticas de leitura literária que contribuam para a formação de futuros leitores; iii) indagar qual a importância que os estudantes futuros profissionais da Educação lhe atribuem no que se refere à consolidação de tal formação. Os participantes neste estudo foram estudantes do 3.º ano da licenciatura em Educação Básica, tendo sido utilizados como instrumentos as reflexões levadas a cabo por tais estudantes, na modalidade de trabalho a pares, no âmbito da unidade curricular de Iniciação à Leitura e à Escrita. Em virtude dos objetivos traçados, foi realizada uma abordagem de natureza qualitativa, tendo como referencial metodológico o estudo de caso. Concluímos que os estudantes consideram o livro-álbum muito relevante para motivar o seu futuro público para a leitura, encarando os seus peritextos e os seus temas como uma mais-valia para darem cumprimento a tal objetivo.
Téléchargements
Références
Bardin, L. (2004). Análise de conteúdo, 3.ª edição. Lisboa: Edições 70. (Trabalho original publicado em 1977).
Borges, J. L. (2017). Este ofício de poeta. Tradução de Telma Costa. Lisboa: Relógio D’Água. (Trabalho original publicado em 2000).
Borges, M. & Mourão, S. (2013). Planeta Tangerina: an editorial concept that pushes boundaries. In B. Carrington, & J. Harding (Eds.). Beyond the book: transforming children’s literature. Newcastle upon Tyne: Cambridge Scholars Publishing.
Buescu, H., Morais, J., Rocha, M. R. & Magalhães, V. M. (2015). Programa e metas curriculares de Português do ensino básico. Lisboa: Direção-Geral da Educação.
Creswell, J. W. (2014). Research design: qualitative, quantitative, and mixed methods approaches, 4th edition. London: Sage. (Trabalho original publicado em 1994).
Debus, E., Juliano, D. & Bortolotto, N. (Orgs.). Literatura infantil e juvenil: do literário a outras manifestações estéticas. Tubarão: Unisul.
Jeffers, O. (2013). Como apanhar uma estrela. Tradução de Rui Lopes. Lisboa: Orfeu Negro.
Manguel, A. (2018). Embalando a minha biblioteca. Tradução de Rita Almeida Simões. Lisboa: Tinta-da-China.
Martins, I. M. (2006). Pê de pai. Ilustrações de Bernardo P. Carvalho. Carcavelos: Planeta Tangerina.
Martins, I. M. (2011). Obrigado a todos! Ilustrações de Bernardo P. Carvalho. Carcavelos: Planeta Tangerina.
Martins, I. M. (2013). Uma onda pequenina. Ilustrações de Yara Kono. Carcavelos: Planeta Tangerina.
Morgado, J. C. (2013). O estudo de caso na investigação em educação. Santo Tirso: De Facto Editores.
Neri de Souza, F., Neri de Souza, D. & Costa, A. P. (2014). Importância do questionamento no processo de investigação qualitativa. In A. P. Costa, F. Neri de Souza & D. Neri de Souza (Orgs.) Investigação qualitativa: inovação, dilemas, desafios, 2.ª edição (pp. 125‐145). Oliveira de Azeméis: Ludomedia.
Ondjaki (2009). Há prendisajens com o xão, 3.ª edição. Lisboa, Caminho.
Ramos, A. M. (2011). Apontamentos para uma poética do álbum contemporâneo. In B.-A. R. Rechou, I. S. López e M. N. Rodríguez (Coord.) O álbum na literatura infantil e xuvenil (2000-2010), (pp.13-40). Vigo: Ediciones Xerais de Galicia.
Ramos, A. M., Cortez, T. & Mourão, S. (2017). (Eds.). Fractures and disruptions in children’s literature. Newcastle Upon Tyne: Cambridge Scholars Publishing.
Rita, A. C. (2014). A leitura: entre a expectativa e a memória. Anuário de Literatura., 19 (1), pp. 46-57. DOI: 10.5007/2175-7917.2014v19n1p46
Segabinazi, D. (2017). Ler livros sem palavras, ler imagens e mundos. Revista Linhas, 18 (37), 22-45. DOI: 10.5965/1984723818372017022
Silva, S. R. (2011). Ilustração e poesia: para uma definição/caracterização do álbum poético para a infância. In R. González Vida, M. A. Moleón Viana, C. González Castro (Orgs.) Actas do congreso internacional arte, ilustración y cultura visual en educación infantil y primaria: construcción de identidades (pp. 565-570). Granada: Universidad de Granada.
Silva, S. R. (2017). Play in narratives for children: or on the «rules» of a new fiction. In A. M. Ramos, T. Cortez & S. Mourão (Eds.), Fractures and disruptions in children’s literature (pp. 248-261). Newcastle Upon Tyne: Cambridge Scholars Publishing.
Silva, S. R. & Sastre, R. (2017). O álbum poético em português e em espanhol: sinergia estética entre palavras e ilustrações. Revista Brasileira de Educação, 22 (71), 1-24. Disponível em www.redalyc.org/pdf/275/27553035005.pdf
Yin, R. (2018). Case study research and applications. Design and methods, 6th edition. London: SAGE (Trabalho original publicado em 1984).
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Os artigos da revista Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional estão licenciados conforme Creative Commons Attribution License (CC BY-NC 4.0) Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os artigos estão simultaneamente licenciados sob a Creative Commons Attribution License que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da sua autoria e da publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para disponibilizar a versão do texto publicada na Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional sem custos em repositórios institucionais ou outras plataformas de distribuição de trabalhos académicos (p.ex. ResearchGate), com a devida citação ao trabalho original.
A revista não aceita artigos que estejam publicado (exceto sob a forma de resumo ou como parte de uma tese), submetidos ou sejam submetidos durante o processo editorial a outras revistas ou publicações. Após publicado o artigo não pode ser submetido a outra revista ou publicação parcial ou totalmente sem autorização da coordenação editorial da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional.