Didática da Língua Materna e Metodologia de Trabalho de Projeto: Diálogos e Interseções
DOI:
https://doi.org/10.25757/invep.v10i1.202Abstract
Pretende-se apresentar uma análise do papel desempenhado pela língua na metodologia de trabalho de projeto e das aprendizagens linguísticas assim desencadeadas. A partir da análise de materiais didáticos, produções das crianças, registos fotográficos de situações de ensino e aprendizagem e relatos de ocorrências, são discutidos tópicos em torno de dois eixos: a forma como as competências nucleares da língua contribuem para a realização de trabalhos de projeto (i) e o impulso que estes imprimem às aprendizagens linguísticas nos domínios referidos (ii). A análise realizada evidenciou a relação dialógica que se estabelece entre a construção de conhecimentos específicos relacionados com a temática dos projetos e a área científica ou artística em que se inserem e o desenvolvimento de competências linguísticas, destacando-se: a) a relevância de um trabalho explícito focalizado na didática da língua na preparação da realização de trabalhos de projeto e nas várias fases que estes atravessam; b) a riqueza de que se reveste esta metodologia para a contextualização das aprendizagens linguísticas; c) os benefícios que tais contextos envolvem para a construção de saberes em uso, de natureza complexa, que enformam o conceito de literacia e que potenciam o exercício da cidadania.
Palavras-chave: Metodologia de trabalho de projeto; Didática da língua materna; Integração curricular; Literacia.
Downloads
References
Alves Martins, M. (1989). A representação da palavra escrita em crianças de idade pré-escolar. Análise Psicológica, 7 (1-2-3), 415-
Alves Martins, M. (1994). Conceptualizações infantis sobre linguagem escrita e aprendizagem da leitura. Discursos. Estudos de Língua e Cultura Portuguesa, 8, 53-70.
Alves Martins, M. (1996). Pré-História da Aprendizagem da Leitura. Lisboa: ISPA.
Ausubel, D. P. (1963). The psychology of meaningful verbal learning. New York: Grune & Stratton.
Ausubel, D. P. (2000). The acquisition and retention of knowledge: A cognitive view. Dordrecht: Kluwert Academic Publishers.
Batista, Viana & Barbeiro (2011). O ensino da escrita: Dimensões gráfica e ortográfica. Lisboa: DGIDC.
Blumenfeld, P. C., Soloway, E., Marx, R. W., Krajcik, J. S., Guzdial, M. & Palincsar, A. (1991). Motivating Project-Based Learning: Sustaining the doing, Supporting the learning. Educational Psychologist, 26 (3-4), 369 – 398.
Carvalho, J. & Pimenta, J. (2000). Escrever para aprender, escrever para exprimir o aprendido. In Silva, B., Almeida, L. (coord). Actas do Congresso Galaico-Português de Psicopedagogia, 8. Braga: Centro de Investigação em Educação do Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, 1877-1885.
Correia, C. (2012). Aprender através de projetos. Escola Moderna, 43(5), 12-36.
Costa-Pereira, T., Sousa, O. & Matos, D. (2018). A escrita como função epistémica em projeto do 1.º ciclo do ensino básico de Lisboa: Escrever enquanto processo de organização e construção do conhecimento. In Nos domínios da escrita: estudos em abordagem processual. Editora do CCTA: Joa.
Dewey, J. (1933). How we think. Lexington: D.C. Health and company.
Dewey, J. (1968). Reconstruction in phylosophy. Boston: Beacon Press.
Dolz, J. (2018). Escrever uma explicação química no primeiro ciclo: o sumo de couve rouxa, um verdadeiro camaleão químico. In M. Gonçalves & N. Jorge (Orgs.), Literacia científica na escola (pp. 14 - 28). Lisboa: NOVA FCSH - CLUNL.
Edwards, C., Gandini, L. & Forman, G. (1999). As Cem Linguagens da Criança. Porto Alegre: Artes Médicas.
Estrela, A.; Ferreira, P. (2017). Competências linguísticas de estudantes de artes visuais e tecnologias à entrada do ensino superior. Atas do 12.º Encontro Nacional da Associação de Professores de Português: Língua e literatura na escola do século XXI. Lisboa: Associação de Professores de Português.
Ferreira, P. (2018). Formação inicial, conhecimento profissional e práticas em ensino e aprendizagem da gramática. (tese de doutoramento não publicada). Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, Lisboa.
Fromkin, V.; Rodman, R. (1993). Introdução à linguagem. Trad. Isabel Casanova. [Reimp. 2001]. Coimbra : Almedina.
Giasson, J. (2011). La lecture: aprentissage et difficultés. Montréal: Gaetan Morin Éditeur.
Gonçalves, S. (Coord.). (2018). Ética e rigor na escrita académica. Coimbra: CINEP/ IPC.
Katz, L. & Chard, S. (2009). A Abordagem por Projectos na Educação de Infância. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Leite, E., Malpique, M. & Santos, M. R. (1989). Trabalho de Projecto - Leituras Comentadas. Porto: Edições Afrontamento.
Lisboa, I. (1943). Modernas Tendências da Educação. Lisboa: Biblioteca Cosmos.
Martins, M. A., & Niza, I. (1998). Psicologia da aprendizagem da linguagem escrita. Lisboa: Universidade Aberta.
Mata, L. (2008). A Descoberta da escrita: Textos de apoio para educadores de infância. Lisboa: DGIDC.
Morin, E. (2002). Educação e complexidade: Os sete saberes e outros ensaios. São Paulo: Cortez.
Niza, S. (1992). Nos 25 anos do Movimento da Escola Moderna Portuguesa. Lisboa: Cadernos de Formação Cooperada.
Peças, A. (1999). Uma cultura para o trabalho de projecto. Escola Moderna, 6(5), 56-61.
Perrenoud, P. (2001). Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed Editora.
Rodrigues, L. C. S. (2009). Dificuldades de síntese na escrita de alunos do ensino superior politécnico. Tese de Doutoramento. Departamento de Didática e Tecnologia Educativa da Universidade de Aveiro, Aveiro.
Sim-Sim, I., S. A. C. & Nunes, C. (2008). Linguagem e Comunicação no Jardim-de-Infância. Lisboa: Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.
Silva, I. L., Marques, l., Mata, L. & Rosa, M. (2016). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação/Direção-Geral da Educação (DGE).
Sousa, H. (2007). O trabalho de projecto e a aprendizagem da Matemática: Uma experiência no 1º Ciclo do Ensino Básico. In L. Serrazina (Org.), Ensinar e Aprender Matemática no 1º Ciclo (pp. 48- 64). Lisboa: Texto Editores.
Sousa, O., Silva, M.C. & Ferreira, P. (2011). Da leitura à escrita: Desenvolvimento da Competência textual, In F. Azevedo & R. J., Souza, Géneros Textuais e Práticas Educativas (pp. 137 – 158). Lisboa: LIDEL.
Valadares, J. (2014). Organizadores Gráficos facilitadores da Aprendizagem Significativa Diagramas em Vê e Mapas de conceitos. Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa: Unidade de Investigação Educação e Desenvolvimento.
Vasconcelos, T. (Ed.) (2010). Trabalho de projeto na educação de infância. Ministério da Educação - DGIDC.
Vasconcelos, T.; Rocha, C.; Loureiro, C.; Castro, J.; Menau, J.; Sousa, O.; Hortas, M.; Ramos, M.; Ferreira, N.; Mel, N.; Rodrigues, P.; Mil-Homens, P.; Fernandes, S. & Alves, S. (2011).Trabalho por projectos na educação de infância: mapear aprendizagens, integrar metodologias. Lisboa: Ministério da Educação/Direção-Geral da Educação (DGE).
Viegas, F. & Nunes F. (2018). Literacia científica e transversalidade da língua portuguesa. In M. Gonçalves & N. Jorge (Orgs.), Literacia científica na escola (pp. 7 - 13). Lisboa: NOVA FCSH - CLUNL.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Articles published or submitted to Da Investigação às Práticas are licensed according to Creative Commons Attribution License (CC BY-NC 4.0). Authors agree that:
Copyrights of all articles published are retained by authors with first publication copyright granted to the journal.
All articles are under the Creative Commons Attribution License recognizing the authorship of the publication and identifying that first publication took place in this journal.
Authors have the right to free distribute or make available in private or institutional pages the version published by Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional provided the original proper citation.
The journal only accepts articles not published previously (except in the form of an abstract or as part of academic thesis), that it is not under consideration for publication elsewhere. After published, the article cannot be published again partial or totally without the editorial board consent.