Práticas de Inclusão de Alunos com Perturbações do Espetro do Autismo

Autores

  • Dídia Lourenço
  • Teresa Leite Escola Superior de Educação de Lisboa. Instituto Politécnico de Lisboa Departamento de Ciências Humanas e Sociais, UIDEF-UL,

DOI:

https://doi.org/10.25757/invep.v5i2.81

Resumo

Este artigo surge no âmbito de um estudo mais vasto que tem como principal objetivo identificar as Necessidades de Formação dos Docentes de Ensino Regular e de Educação Especial para a inclusão de alunos com Perturbações do Espetro do Autismo (PEA) nas escolas do ensino regular. Para a realização desse estudo, realizámos observações diretas em sala de aula e auscultámos os vários agentes educativos que podem contribuir para a inclusão efetiva destes alunos, nomeadamente os docentes de ensino regular (1º ciclo) e educação especial, diretores de agrupamentos de escolas com unidades de ensino estruturado para alunos autistas e encarregados de educação dos alunos com PEA. Paralelamente, analisámos os documentos de suporte ao desenvolvimento do processo educativo destes alunos. Mais especificamente, com as observações em sala de aula do ensino regular, pretendemos conhecer as práticas pedagógicas desenvolvidas e as formas de organização e gestão curricular da turma e de apoio e acompanhamento específico a estes alunos. Neste artigo apresentamos a análise das observações, tendo em conta: (i) o contexto de observação; (ii) as estratégias e atividades desenvolvidas; (iii) a relação comunicativa estabelecida.Desta análise, é possível inferir necessidades de formação que se situam tanto ao nível da compreensão da problemática das crianças como do planeamento e gestão curricular da turma.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Allan, J., & Slee, R. (2008). Doing inclusive education research. Rotterdam: Sense Publishers.

Barroso, J. (1999). Da cultura da homogeneidade à cultura da diversidade: Construção da autonomia e gestão do currículo. In Ministério da Educação (Ed.), Forum Escola, Diversidade e Currículo (pp. 79-92). Lisboa: Ministério da Educação.

Batten, A., & Daly, J. (2006). Autism and education in Scotland: The reality for families today. Glasgow: National Autistic Society.

Cochran-Smith, M., & Zeichner, K. (2005). Studying teacher education. Executive summary . Washington: AERA.

Correia, L. M. (2003). Inclusão e necessidades educativas especiais. Porto: Porto Editora.

Coutinho, M. C. (2011). Metodologia de investigação em ciências sociais e humanas. Coimbra: Almedina.

Daniels, H. & Porter, J. (2007). Learning needs and difficulties among children of primary school age: Definition, identification, provision and issues. Cambridge: University of Cambridge, Faculty of Education.

DGIDC (2008). Educação especial – Manual de apoio à prática. Lisboa: Ministério da Educação.

DGIDC (2008a). Unidades de ensino estruturado para alunos com perturbação do espectro do autismo: Normas orientadoras. Lisboa: Ministério da Educação.

Emam, M. M., & Farrell, P. (2010). Tensions experienced by teacher and their views of support for pupils with autism spectrum disorders in mainstream schools. European Journal of Special Nedds Education, 24(4), 407-422.

Estrela, A. (1994). Teoria e prática da observação em classes. Porto: Porto Editora.

Estrela, M. T. (1992). Relação pedagógica, disciplina e indisciplina na aula. Porto: Porto Editora.

Frederickson, N, Jones, A.P., & Lang, J. (2010). Inclusive provision options for students on the autistic spectrum? Journal of Research in Special Educational Needs, 10(2), 63-73.

Florian, L. & Black-Hawkins, K. (2011). Exploring inclusive pedagogy. British Educational Research Journal, 37(5), 813-828.

García, T.B. &, Rodriguez, C.M. (1997). A criança autista. In R. Bautista (Coord.), Necessidades educativas especiais. Lisboa: Dinalivro.

Humphrey, N. & Lewis, S. (2008). What does ‘inclusion’ mean for pupils on the autistic spectrum in mainstream secondary schools? Journal of Research in Special Educational Needs 8(3), 132-140

Lima, C. (2012). Perturbação do espectro autista: Manual de intervenção. Lisboa: LIDEL.

Madureira, I., Leite, T. (2007). Educação inclusiva e formação de professores: Uma visão integrada. Revista Diversidades, 5(17), 12-16.

Ministério da Educação e da Ciência; Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social (2014). Relatório do Grupo de Trabalho sobre Educação Especial. Criado pelo despacho 706-C 2014.

Nielsen, L. (1999). ´Necessidades educativas especiais na sala de aula: Um guia para professores. Porto: Porto Editora.

Nóvoa, A. (2008). O regresso dos professores. In DGRHE (Ed.), Conferência Desenvolvimento Profissional de professores para a qualidade e para a equidade da aprendizagem ao longo da vida. Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (pp. 21-28). Lisboa: DGRHE.

Pereira. M. (2005). Autismo – Uma perturbação pervasiva do desenvolvimento: a família e a escola face ao autismo. Vila Nova de Gaia: Gailivro.

Ravet, J. (2011). Inclusive/exclusive? Contraditory perspectives on autism and inclusion: The case for an integrative position. International Journal of Inclusive Education, 15(6), 667-682.

Ravet, J. (2012). Delving deeper into the black box: formative assessment, inclusion and learners on the autism spectrum. International Journal of Inclusive Education, 17(9), 1-17.

Rodrigues, A. (2001). A Investigação do núcleo magmático do processo educativo: A observação de situações educativas. In A. Estrela & J. Ferreira (Orgs.), Investigação em Educação: Métodos e Técnicas (pp. 59-70). Lisboa: Educa.

Rodrigues, D. (2006). Dez ideias (mal) feitas sobre educação inclusiva. In D. Rodrigues (Ed.), Educação inclusiva? Estamos a fazer progressos? (pp. 75-88). Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana.

Rodrigues, D., & Lima-Rodrigues, L. (2011). Formação de professores e inclusão: Como se reformam os reformadores? In D. Rodrigues (org.), Educação inclusiva: Dos conceitos às práticas. Lisboa: Instituto Piaget.

Roldão, M. C. (2003). Diferenciação curricular e inclusão. In D. Rodrigues (Org.), Perspetivas sobre a inclusão: Da educação à sociedade (pp.151-166). Porto: Porto Editora.

Roldão, M. C. (2009). Estratégias de ensino: O saber e o agir do professor. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão.

Siegel, B. (2008). O Mundo da Criança com autismo: Compreender e tratar perturbações do espectro do autismo. Porto: Porto Editora.

Simeonsson, R. J. (1994). Risk, resilience and prevention. Promoting the well-being of the children. Baltimore: P.H. Brookes.

Sousa, F. (2010). Diferenciação curricular e deliberação docente. Porto: Porto Editora.

Trindade, R. & Cosme, A. (2010). Educar e aprender na escola. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão.

Voltz, D. L., Brazi, N., & Ford, A. (2001). What matters most in inclusive education. A pratical guide for moving forward. Intervention in school and clinic, 37(1), 23-30.

Wertsch, J. (1991). Voices of the mind. Cambridge: Harvard University Press.

Downloads

Como Citar

Lourenço, D., & Leite, T. (2015). Práticas de Inclusão de Alunos com Perturbações do Espetro do Autismo. Da Investigação às Práticas: Estudos De Natureza Educacional, 5(2), 63–86. https://doi.org/10.25757/invep.v5i2.81

Edição

Secção

Artigos