Brincadeira: marcos temporais e memória
DOI:
https://doi.org/10.25757/invep.v4i1.3Resumen
A brincadeira, expressão maior das culturas lúdicas da infância e do saber popular infantil que colora o folclore das crianças e que entre elas constitui prática singular, tem marcos temporais indeléveis que lhe (de)marcaram um tempo e que a memória guardou para sempre. A linearidade que, durante quase todo o tempo antes da chegada da TV, a brincadeira transportou, a revolução das suas práticas que a partir daí se operou e acentuou com a chegada das novas tecnologias da comunicação e informação à vida das crianças e a consequente transformação radical do seu habitus lúdico (da rua para casa e daqui para o quarto) balizam eras distintas de tempos sociais paralelas às que ditaram, consequentemente, a transformação que as artes de e para brincar foram, historicamente, sofrendo. Ao resgatar a brincadeira pela voz das crianças, muitas das vezes expressa pela voz dos adultos que hoje são, faz-se o registo, que neste artigo se guarda, de um pedaço da herança cultural lúdica que foi passando entre as quatro gerações que estudamos qualitativamente a partir de entrevistas grupais feitas em contexto familiar, que serviram de base para o que a seguir fica relatado. A brincadeira e a parafernália que a acompanha fazem parte da história de vida de todos nós e, por isso, a cada um cabe velar para que nunca pereça.
Palavras-chave: brincadeira, brinquedo, tempo, memória.
Descargas
Citas
Barreto, A. (2009). Quatro Décadas: da mudança à incerteza. Lisboa: Academia das Letras de Lisboa. Recuperado em 2010-05-28, de http://www.acad-ciencias.pt/files/Memórias/António%20Barreto/abarreto_22_10_09.pdf
Benjamin, W. (2005). Reflexões sobre a Criança, o Brinquedo e a Educação. S. Paulo: Duas Cidades.
Brougère, G. (2005). Jouer/Apprendre. Paris: Economica Anthropos.
Buckingham, D. (2002). Crecer en la era de los medios electrónicos. Madrid: Ediciones Morata e A Coruña: Fundación Paideia.
Cardoso, G., Espanha, R. e Lapa, T. (2007). E-Generation – Os usos de Media pelas crianças e jovens em Portugal. Lisboa: CIES/ISCTE.
Castells, M. (2002). A Sociedade em Rede. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Corbin, Al. (1995) Cordes, C. e Miller, E. (2008). Fool’s Gold: A Critical Look at Computers in Childhood (Report). USA: Alliance for Childhood.
Cordes, C. e Miller, E. (2008). Fool’s Gold: A Critical Look at Computers in Childhood (Report). USA: Alliance for Childhood.
Corsaro, W. (2003). Le Culture dei Bambini. Bologna: Il Mulino.
Csikszentmihalyi, M.(2000). Fluir. Barcelona: Kairós.
D’Amato, M. (2006). Les Nouveaux Paradigmes de L’Imaginaire des Enfants. In R. Sirota. Élements pour une Sociologie de L’Enfance. (pp. 285-294). Rennes: Presses Universitaires de Rennes.
Danic, I. (2008). La Production des Cultures Enfantines. Ou la Culture Enfantine comme Realité Dynamique et Plurielle. Interacções, n.º 10: 6-13.
Fentress, J. & Wickham, C. (1992). Memória Social – Novas perspectivas sobre o passado. Lisboa: Teorema.
Fernández, F.(1991). El Juego en la História como Elemento de Cultura. In T. Tripero (coord.), Juegos, Juguetes y Ludotecas. (pp.71-75). Madrid: Publicaciones Pablo Montesi.
Franklin, B. (1793/2005). Autobiography of Benjamin Franklin. Pennsylvania: University of Pennsylvania Press.
Giddens, A. (2004). Sociologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Iturra, R. (1998). Como era quando não era o que sou – o crescimento das crianças. Lisboa: Profedições.
Javeau, C. (2005). Criança, Infância(s), Criança(s): Que objecto dar a uma ciência social da infância? Educação e Sociedade, 26(91): pp. 379-389.
Johnson, S. (2006). Tudo o que é Mau Faz Bem. Lisboa: Lua de Papel.
Lavado, A. (1999). Mundos Paralelos – Lúdico e Representação do Real. Arquivos da Memória, 6/7: pp. 35-46.
Papert, S. (1996). A Família em Rede. Lisboa: Relógio d’Água.
Pastor, R. (1991). El Juego: de nuestros padres a nuestros hijos. In T. Tripero (coord.), Juegos, Juguetes y Ludotecas. (pp. 77-85). Madrid: Publicaciones Pablo Montesino.
Pinto, C. (1995). Sociologia da Escola. Amadora: McGraw – Hill, L.da.
Postman, N. (1994). The disappearance of childhood. New York: Vintage Books.
Prensky, M. (2001). Digital Natives, Digital Immigrants. On the Horizon, 9 (5): 1-6.
Sarmento, M. (2000). Os ofícios da Criança. In VV.AA. Os Mundos Sociais e Culturais da Infância. (Vol. II: pp.125-143). Braga: Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho.
Sarmento, M. (2006). Imaginário e Culturas da Infância. In M. J. Sarmento. Sociologia da Infância – Relatório da Disciplina. (157-171). Braga: Universidade do Minho.
Turkle, S. (1995). A vida no ecrã. Lisboa: Relógio D’Água.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2015 Author(s) and Da Investigação às Práticas

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os artigos da revista Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional estão licenciados conforme Creative Commons Attribution License (CC BY 4.0) Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os artigos estão simultaneamente licenciados sob a Creative Commons Attribution License que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da sua autoria e da publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para disponibilizar a versão do texto publicada na Da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional sem custos em repositórios institucionais ou outras plataformas de distribuição de trabalhos académicos (p.ex. ResearchGate), com a devida citação ao trabalho original.
A revista não aceita artigos que estejam publicado (exceto sob a forma de resumo ou como parte de uma tese), submetidos ou sejam submetidos durante o processo editorial a outras revistas ou publicações. Após publicado o artigo não pode ser submetido a outra revista ou publicação parcial ou totalmente sem autorização da coordenação editorial da Investigação às Práticas: Estudos de Natureza Educacional.