Brincadeira: marcos temporais e memória

Autores

  • Alberto Nídio Silva Centro de Investigação em Estudos da Criança, Instituto de Educação, Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.25757/invep.v4i1.3

Resumo

A brincadeira, expressão maior das culturas lúdicas da infância e do saber popular infantil que colora o folclore das crianças e que entre elas constitui prática singular, tem marcos temporais indeléveis que lhe (de)marcaram um tempo e que a memória guardou para sempre. A linearidade que, durante quase todo o tempo antes da chegada da TV, a brincadeira transportou, a revolução das suas práticas que a partir daí se operou e acentuou com a chegada das novas tecnologias da comunicação e informação à vida das crianças e a consequente transformação radical do seu habitus lúdico (da rua para casa e daqui para o quarto) balizam eras distintas de tempos sociais paralelas às que ditaram, consequentemente, a transformação que as artes de e para brincar foram, historicamente, sofrendo. Ao resgatar a brincadeira pela voz das crianças, muitas das vezes expressa pela voz dos adultos que hoje são, faz-se o registo, que neste artigo se guarda, de um pedaço da herança cultural lúdica que foi passando entre as quatro gerações que estudamos qualitativamente a partir de entrevistas grupais feitas em contexto familiar, que serviram de base para o que a seguir fica relatado. A brincadeira e a parafernália que a acompanha fazem parte da história de vida de todos nós e, por isso, a cada um cabe velar para que nunca pereça.

Palavras-chave: brincadeira, brinquedo, tempo, memória.

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Publicado

27-03-2015

Como Citar

Silva, A. N. (2015). Brincadeira: marcos temporais e memória. Da Investigação às Práticas: Estudos De Natureza Educacional, 4(1), 4–30. https://doi.org/10.25757/invep.v4i1.3

Edição

Secção

Artigos