EDITORIAL
DOI:https://doi.org/10.25757/invep.v10i2.226
Antónia Estrela
Num ano que se apresenta como particularmente difícil, pelas razões que todos conhecemos, há que reconhecer o papel fundamental que, entre outros profissionais, os professores e educadores assumiram e o modo como rapidamente souberam reagir às mudanças que necessariamente se impuseram.
Saber usar a tecnologia e dela usufruir de modo a desenvolver uma prática pedagógica mais eficaz tornou-se uma mais-valia no campo educativo. Relativamente a esta problemática, o artigo intitulado “As TIC na formação inicial de professores – Práticas de formação de formadores” aborda as práticas de formação desenvolvidas com recurso à utilização das tecnologias de informação e comunicação (TIC) e à promoção do seu uso, durante o processo de formação dos futuros professores.
No âmbito da cidadania e dos direitos humanos, tema que está atualmente a ser amplamente discutido, o artigo “Tudo aos Direitos: Avaliação de um Programa de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos em Casas de Acolhimento” incide sobre a necessidade de se aumentar a participação cívica de crianças e jovens residentes em casas de acolhimento, através da sua própria capacitação e da capacitação das equipas técnica e educativa. A voz das crianças é importante e merece ser tida em linha de conta. É precisamente essa voz que é retomada no artigo “Conceções sobre as noções de justiça e de tribunal em crianças dos 6 aos 10 anos: a voz das crianças”, em que se tenta compreender quais as conceções que as crianças sobre os conceitos de justiça e de tribunal.
O quarto artigo deste número - “Raciocínio espacial e pensamento algébrico: o estabelecimento de conexões na formação inicial de professores” - retoma a formação de futuros professores, reconhecendo as potencialidades de um problema de contagens relativamente ao desenvolvimento do raciocínio espacial e pensamento algébrico. Ainda na área da matemática, mas passando agora para o 2.º ciclo do ensino básico, o quinto artigo - “A comunicação matemática escrita” - descreve o desempenho positivo dos alunos na comunicação matemática.
O último artigo - “Empreendedorismo em espaços acadêmicos: Avaliação do Alerta Empreendedor e das Abordagens Causation e Effectuation em uma Universidade Brasileira” - reforça a ideia de que existe pouca investigação sobre o empreendedorismo académico, concluindo que a formação com base no empreendedorismo no sistema educativo estimula atitudes inovadoras e empreendedoras.