EDITORIAL

Editorial

 

Marina Fuertes, Clarisse Nunes, Dalila Lino, Otília Sousa, Susana Torres e Rui Teófilo

 

A Revista Da Investigação às Práticas: Estudos Educacionais da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELX) mantém o seu esforço de publicação de artigos originais numa abordagem transversal e multicultural do conhecimento no âmbito educativo.

Neste segundo número regular do ano de 2018, encontramos artigos teóricos e empíricos que num cruzamento de olhares abordam diferentes temáticas associadas à infância e à juventude, à família e à educação em Portugal e no Brasil.

O primeiro artigo, da autoria de Larissa Vendramini Lari, intitula-se “Legislações e documentos brasileiros sobre a atenção à criança e suas implicações para o monitoramento do desenvolvimento infantil”. Este artigo dá-nos uma perspetiva sobre a legislação e a documentação do Brasil acerca da infância, refletindo os autores sobre a visão da criança implícita nesses documentos.

O segundo artigo, de Rita Brito - “Estilo parental e mediação do uso de tecnologias por crianças até 6 anos” - procura estudar a utilização das tecnologias em 15 famílias portuguesas. Este estudo desafia-nos a compreender as vantagens do uso não tradicional destas ferramentas.

A investigação Tandem contribui com o terceiro artigo com o título “Quando sou mãe e quando sou educadora! Comparando Mães e Educadoras (com os seus filhos ou com outras crianças) numa tarefa colaborativa com a criança) ”. Os estudos prévios desta equipa indicam que as educadoras com crianças da sua sala oferecem mais oportunidades de participação e realização dos que as mães aos seus filhos nas mesmas condições. Neste artigo, as autoras, Sofia Farinha e Marina Fuertes procuram compreender se as educadoras quando interagem com os seus próprios filhos o fazem do mesmo modo que as outras mães ou se, prevalece o papel profissional de educadora.

O quarto artigo, da autoria de Ana Cristina Ferrão e colegas, debruça-se sobre “ As fontes de informação e as perceções sobre uma alimentação saudável numa amostra da comunidade universitária”. Num estudo empírico, realizado através de inquérito realizado a 381 participantes, os autores descrevem as perceções dos estudantes e indicam as suas fontes.

No quinto artigo, intitulado “Documentação e fotografia pedagógica na ação e no desenvolvimento profissional do educador de infância: uma reflexão na senda da supervisão pedagógica”, Lídia Freitas e Clara Craveiro oferece ao leitor um olhar reflexivo acerca da documentação pedagógica baseada na fotografia. O uso da fotografia na documentação pedagógica é uma ferramenta frequentemente usada por Educadores. Ora, neste artigo o leitor encontra uma reflexão crítica sobre os seus contributos e significados.

Numa perspetiva nacional, de autoria de Bárbara Tadeu, no sexto artigo, de natureza teórica: “Da democracia e educação em Dewey à democracia e educação hoje: Questões de democracia na pequena infância em contexto nacional”, apresenta o percurso histórico do pensamento de Dewey. Em simultâneo, a autora discorre sobre as oportunidades educativas e experiência democráticas atribuídas à criança no paradigma atual da educação de infância.

Este número apresenta, ainda, a novidade de estrear o Digital Object Identifier(DOI) e a indexação à base de dados internacional REBID.

A equipa editorial deseja que este número cative o seu interesse e contribua para o conhecimento, debate e reflexão no campo educativo.