ARTIGOS
Professor José Eduardo Moreirinhas Pinheiro (1923-2017): um percurso biobibliográfico
Professor José Eduardo Moreirinhas Pinheiro (1923-2017): a biobibliographical path
Professeur José Eduardo Moreirinhas Pinheiro (1923-2017): un parcours biobibliographique
Nuno Martins Ferreira
CIED,
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa.
nunoferreira@eselx.ipl.pt
RESUMO
Este artigo tem como objetivo dar a conhecer a vida profissional e a produção bibliográfica de José Eduardo Moreirinhas Pinheiro, antigo professor da Escola do Magistério Primário de Lisboa e da sua herdeira pedagógica, a atual Escola Superior de Educação de Lisboa. Autor de dezenas de artigos, publicados em revistas de especialidade, e colaborador em diversos jornais, Moreirinhas Pinheiro publicou mais de vinte livros dedicados à pedagogia e à história da educação, uma produção escrita que constitui referência obrigatória para os estudiosos dessas áreas. O artigo encontra-se dividido em três partes: i) percurso biográfico; ii) produção científica: da pedagogia à história da formação de professores; e iii) levantamento bibliográfico da produção escrita.
Palavras-chave: José Eduardo Moreirinhas Pinheiro; Pedagogia; História da formação de professores.
ABSTRACT
This article aims to introduce the work and bibliographic production of José Eduardo Moreirinhas Pinheiro, former professor of Escola do Magistério Primário de Lisboa, the current Escola Superior de Educação de Lisboa. Author of a large number of articles published in specialty journals and contributor to several newspapers, Moreirinhas Pinheiro has published over twenty books devoted to pedagogy and history of education, a written production that is obligatory reference for scholars of these areas. The article is divided into three parts: i) biography; ii) scientific production: from pedagogy to history of teacher training; and, iii) a list of its scientific production.
Keywords: José Eduardo Moreirinhas Pinheiro; Pedagogy; History of Teacher Training.
RÉSUMÉ
Cet article vise à présenter le travail et la production bibliographique de José Eduardo Moreirinhas Pinheiro, ancien professeur de Escola do Magistério Primário de Lisboa, actuelle Escola Superior de Educação de Lisboa. Auteur de dizaines d'articles publiés dans des revues spécialisés et contributeur à plusieurs journaux, Moreirinhas Pinheiro a publié plus de vingt livres consacrés à la pédagogie et à l’histoire de l'éducation, une production écrite qui est référence obligatoire pour les chercheurs de ces domaines. L'article est divisé en trois parties: i) biographie; ii) la production scientifique: de la pédagogie à l'histoire de la formation des enseignants; et, iii) liste de sa production scientifique.
Mots-clés: José Eduardo Moreirinhas Pinheiro; Pédagogie; Histoire de la formation des enseignants
Este artigo estava em processo de revisão para publicação quando se soube do falecimento do professor Moreirinhas Pinheiro, a 16 de fevereiro de 2017.
À sua memória.
INTRODUÇÃO
A Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx) é herdeira de uma história ímpar,
com mais de 150 anos. Na segunda metade do século XIX, mais precisamente em
1862, foi criada a Escola Normal Primária para a formação de alunos do sexo
masculino, sediada em Marvila, no Palácio dos Marqueses de Abrantes. Aí
permaneceria em funcionamento até 1881, ano em que se mudou para o Palácio de
Santos. Quatro anos depois da escola masculina, abriu, em 1866, a Escola Normal
Primária para o sexo feminino, localizada no Calvário, mais concretamente no
convento do Recolhimento do Santíssimo Sacramento e Assunção (Mogarro &
Zaia, 2009; Pintassilgo & Mogarro, 2015).
No período republicano, ambas as Escolas Normais Primárias passariam para o novo edifício construído na Quinta de Marrocos, em Benfica, sob a designação de Escola Normal Primária de Lisboa (ENPL). O projeto do edifício, assinado pelo arquiteto Arnaldo Adães Bermudes, foi iniciado em 1913 e a 10 de dezembro de 1916 lançou-se a primeira pedra, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da República, Bernardino Machado. A partir de 1918, o edifício acolheria a Escola Normal de Lisboa, que passaria a designar-se de Escola do Magistério Primário (EMPL) em 1930[1], até 1985, ano em que passou a ter o nome, que hoje permanece, de Escola Superior de Educação.
Por esta Instituição, e pelas que a antecederam, passaram muitos nomes ilustres com trajetos ligados à formação de professores, mas também com obra firmada nos campos da pedagogia, da psicologia, do ensino especial e da música, apenas para salientar alguns. Com efeito, o edifício de Benfica viria a materializar, nas duas primeiras décadas da sua existência, uma nova conceção de Escola e de formação do professorado:
Momentos houve, no entanto, em que as Escolas Normais ocuparam um lugar de vanguarda na luta por uma educação imaginada como nova, como aconteceu na Escola de Lisboa nos anos que se seguiram à inauguração do novo edifício. O seu corpo docente incluía um conjunto notável de educadores, de origens diversificadas e elevada formação, que procuravam fundamentar cientificamente e fazer medrar nesse contexto algumas das experiências pedagógicas do período, como os trabalhos manuais, a educação musical, a educação física, a medicina escolar, as excursões pedagógicas, entre outras. (Pintassilgo & Mogarro, 2015, p. 236)
É este passado que a ESELx tem por missão preservar e divulgar, não apenas junto da comunidade educativa, mas igualmente para além dos muros da Escola. Foi com esse objetivo que, a 16 de dezembro de 2015, foi inaugurada, na ESELx, uma exposição intitulada “Professor José Eduardo Moreirinhas Pinheiro: uma vida dedicada à educação”, organizada pelo grupo responsável pela comemoração do centenário do edifício principal[2]. Tratou-se de uma exposição biobibliográfica com o intuito de relembrar o passado e o presente da Instituição, homenageando a figura e obra do professor Moreirinhas Pinheiro. Na exposição, foram exibidas fotografias relativas à sua passagem pela EMPL e pela ESELx, diplomas vários[3], bem como um conjunto selecionado de livros e de artigos publicados em revistas. Para além desta exposição, a biblioteca da ESELx foi batizada com o nome do professor Moreirinhas Pinheiro, por proposta da sua diretora, Maria Celeste Gaspar da Silva.
Esta dupla homenagem foi justificada pela importante ligação do professor Moreirinhas Pinheiro à história das duas instituições onde desempenhou a sua atividade: a EMPL e a ESELx. Nas duas últimas décadas, já depois da sua aposentação por limite de idade, em 1993, o seu nome ficou associado à guarda e uso do designado Arquivo Histórico da ESELx[4]. Foi, aliás, graças à sua perseverança em não deixar cair no esquecimento o importante espólio documental que a instituição guarda, que a ESELx mantém conservada uma importante parte da história da formação de professores em Portugal (Glória, 2006).
O texto que aqui se apresenta surge na sequência da realização da exposição que homenageou a figura do professor Moreirinhas Pinheiro e está dividido em três partes: na primeira, far-se-á a apresentação dos principais momentos da vida de Moreirinhas Pinheiro, com destaque para a sua atividade ligada à educação; na segunda, expõem-se as linhas gerais da sua produção científica; e, na terceira, apresenta-se uma relação da sua produção escrita.
UMA VIDA DEDICADA À EDUCAÇÃO
Filho de Maria Leopoldina e de Caetano Moreirinhas Pinheiro, operário especializado da Sociedade de Porcelanas de Coimbra, José Eduardo Moreirinhas Pinheiro nasceu a 20 de agosto de 1923, em Coimbra, no seio de uma família humilde (Glória, 2007).
Aos cinco anos de idade os pais inscreveram-no no Jardim Escola João de Deus, situado naquela cidade. Num dos seus textos, recorda com ternura essas boas memórias de meninice:
Desse tempo longínquo recordo o local, amplo e arejado, ajardinado, com árvores e canteiros de flores, onde a criançada brincava, ruidosamente, em liberdade. Às três da tarde, uma das empregadas acompanhava as crianças ao carro eléctrico e ia distribuindo os meninos pelos familiares postados ao longo do percurso. Lá estava a minha mãe, na paragem da Estrada da Beira que dava acesso ao Largo da Arregaça. Ajudava-me a descer, com cuidado, o alto degrau, apertava-me ao coração e dava dois grandes beijos ao seu menino. Depois, regressávamos a casa, de mãos dadas, muito felizes e em paz. (Pinheiro, 2002, pp. 78 e 79)
No início da década de 30 ingressou na primeira classe, numa escola situada junto da Sé velha de Coimbra, conhecida pela Escola do Moura, numa referência a um professor daquela cidade, com “fama de competente, disciplinador e muito exigente” (Pinheiro, 2002, p. 80). Foram muitos os episódios que recordou da sua passagem pelo ensino primário. Num deles há uma curiosa referência ao chá:
A minha primeira professora foi a D. Ana Colaço, competente profissional que amava a sua escola e os seus alunos. Certo dia entrei na sala de aula muito pálido e adoentado, com vómitos e arrepios. D. Ana ficou preocupada e, com rapidez, foi fazer-me chá que bebi com timidez mas que me proporcionou conforto e bem-estar. Foi a cerimónia do chá mais bela e civilizada em que participei durante toda a minha vida! (Pinheiro, 2002, p. 80)
Por falta de recursos familiares, viu-se obrigado a abandonar a escola, mas não abandonou os estudos. Numa atitude autodidata, resolveu estudar sozinho, em casa, sem o auxílio de professores ou explicadores, tendo conseguido terminar o 7º ano do Curso Complementar de Letras no Liceu Nacional de D. João III, em 1944 (Glória, 2007). Dois anos mais tarde, concluiu o curso para o exercício do magistério na Escola do Magistério Primário de Coimbra. Desses tempos não esquece o nome de José Maria Gaspar[5], seu professor, que o influenciaria na escolha da carreira docente (Pinheiro, 1999). Foi na Escola do Magistério que viria a conhecer a sua futura mulher, Margarida Alves de Fontes Pereira de Melo Saavedra[6], com quem casou em 1949 e de quem teve 3 filhos.
No ano de 1946, foi nomeado professor agregado da Escola Masculina de Santa Cruz e, em 1947, da Escola Masculina de Santo António do Olivais, ambas em Coimbra, passando a professor efetivo da Escola Masculina de Buarcos, Figueira da Foz, ainda nesse ano. Em 1954, foi nomeado professor efetivo da Escola Masculina Conde Ferreira e delegado escolar no concelho da Figueira da Foz. Já antes, em 1953, havia terminado o curso de Ciências Pedagógicas na Universidade de Coimbra (Pinheiro, 2002).
A vinda para Lisboa deu-se no ano de 1958, aquando da nomeação para professor interino de Didática Especial e de Legislação e Administração Escolares da Escola do Magistério Primário de Lisboa. No seu auto de posse, datado de 22 de novembro, pode ler-se:
[…] na Escola do Magistério Primário de Lisboa, perante o respectivo Director Octávio Neves Dordonnat, a professora secretária Maria de Lourdes Dá Mesquita e as testemunhas no fim assinadas, compareceu José Eduardo Moreirinhas Pinheiro, professor das escolas masculinas da sede do concelho da Figueira da Foz […] para exercer interinamente o lugar de professor de Didáctica Especial e de Legislação e Administração Escolares desta Escola, enquanto durar o impedimento do professor Orbelino Geraldes Ferreira […]. (Livro de termos de posse, p. 26)
A chegada à EMPL, que começou por ser uma substituição temporária, tornar-se-ia efetiva em 1965. O professor Orbelino Geraldes Ferreira[7], até então titular das referidas disciplinas, desde 1943, fora afastado das suas funções e, por motivos disciplinares ainda hoje pouco claros[8], seria transferido para a Escola do Magistério de Vila Real, onde ficaria até se aposentar, em 1960 (Pinheiro, 1999).
Na altura em que foi nomeado professor da EMPL, era prática corrente inaugurar-se o ano letivo com uma sessão solene que incluía uma oração de sapiência. Em outubro de 1959, Moreirinhas Pinheiro, por ser o professor mais novo da Escola, foi convidado pelo diretor, Otávio Neves Dordonnat, a proferir a sessão de abertura. Essa oração, feita no dia 14 de novembro desse ano, teve por título “Introdução a Decroly”, que seria publicada no ano seguinte na revista Magistério[9].
A partir de 1960, com uma mudança legislativa que alterou a natureza da disciplina da Didática especial, os professores que a lecionavam passam igualmente a reger a disciplina de Legislação e Administração Escolares, sendo que poderiam alcançar a nomeação definitiva após dois anos de serviço considerado «bom e efetivo», através de concurso composto por provas escritas e orais (Pintassilgo e Pedro, 2012).
Para obter a efetivação como professor de Didática na EMPL, num modelo utilizado a nível nacional, Moreirinhas Pinheiro teve de prestar provas públicas que consistiam numa parte teórica e noutra prática. Na parte teórica, respondeu a perguntas, escritas e orais, de matérias relacionadas com Didática Especial e Legislação Escolar. O júri que apreciou a sua prestação foi constituído pelo Diretor Geral do Ensino Primário, José Gomes Branco; por um inspetor do ensino primário[10] e por um professor de Psicologia. A parte prática, curiosa aos olhos de hoje, consistiu na realização de uma aula com crianças, que teve lugar numa das escolas anexas ao edifício principal da EMPL. A aula teve como conteúdo o modo de ensinar ortografia.
Em 1975 passou a reger as cadeiras de Introdução à Pedagogia e de Didática Geral nos cursos especiais de regentes e, em 1976, foi nomeado diretor da mesma escola, ficando no cargo até ao ano de 1977. A partir deste ano letivo, lecionou a cadeira de Metodologia. À sua ação, juntamente com a de Isabel Corte-Real, se deve parte do processo de mudança da EMPL para a nova ESELx, que iniciou atividade em 1985.
Em 1988 foi integrado nos quadros da ESELx, na secção de reservados do Centro de Documentação e Informação, adstrito à biblioteca. Aposentou-se a 20 de agosto de 1993. Esses últimos cinco anos foram inteiramente dedicados ao estudo e divulgação da história da educação em Portugal, nomeadamente da história da formação de professores. Em 1993 terminava, pela força da lei, mas não pela força da vontade, o vínculo profissional de Moreirinhas Pinheiro: “Cheguei ao fim da minha carreira profissional. Trabalhei durante 46 anos e 10 meses […]. Exerci funções docentes e discentes cerca de 11 anos, no ensino primário; 30 anos na Escola do Magistério e 5 anos e 10 meses na Escola Superior de Educação” (Pinheiro, 2002, p. 113). A 16 de março de 1994, a ESElx promoveu-lhe uma homenagem, presidida pela então presidente da Instituição, Amália Bárrios.
Antes de passarmos à sua produção científica, convirá salientar que a ligação de Moreirinhas Pinheiro à educação e ao ensino provêm do seu tio, José Cerqueira Moreirinhas. Diplomado em Letras e Teologia pela Universidade de Coimbra, Cerqueira Moreirinhas lecionou nos liceus da Póvoa do Varzim e de Portalegre, onde viria a ocupar o cargo de reitor. Em 1928, transferiu-se para Lisboa, tendo sido professor e reitor do liceu D. João de Castro. Faleceu aos 58 anos de idade e deixou um conjunto de títulos ligados à didática da aprendizagem da Língua Francesa para o ensino liceal (Moreirinhas, 2003; Pinheiro, 1999). Em 2013, Moreirinhas Pinheiro editou alguns textos ligados à pedagogia, escritos pelo tio[11].
PRODUÇÃO
CIENTÍFICA: DA PEDAGOGIA À HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Da sua longa atividade enquanto docente, investigador e pedagogo contam-se dezenas
de artigos em revistas, livros publicados e outros organizados. Importa
relevar, neste aspeto, uma extensa produção científica que versou,
essencialmente, investigações nos campos da história da educação e da
pedagogia. Para além da divulgação do passado educativo nacional e da sua
prática docente, Moreirinhas Pinheiro dedicou-se, nos últimos anos de vida, a
escrever textos memorialísticos que abordam temas tão variados como lembranças
familiares e/ou profissionais.
A amizade mantida com Fernando Castelo Branco, eminente olisipógrafo[12], levou-o a colaborar nas revistas Ocidente, Revista de Portugal e Revista Municipal de Lisboa. Os textos, incluídos em separatas da revista Ocidente, foram dedicados a temáticas diretamente ligadas com a história da formação de professores, nomeadamente acerca da ENPL e da sua Biblioteca-Museu do Ensino Primário. Contudo, encontram-se, na mesma revista, dois títulos da sua autoria relativos à literatura e à sua história: um sobre a novela Martim de Freitas[13] e outro dedicado a O Hissope[14]. Tal como nesta participação, Moreirinhas Pinheiro fez incursões historiográficas na Revista Municipal da Câmara Municipal de Lisboa em temas ligados à história da imprensa escrita[15] e à legislação[16].
Já a colaboração mantida em publicações periódicas ligadas à educação deveu-se ao estreito relacionamento, profissional e pessoal, com Octávio Neves Dordonnat, diretor da EMPL entre 1943 e 1974. Dordonnat, cuja produção intelectual ficou marcada por uma vincada preocupação para com as condições em que se fazia, à época, a formação de professores, publicou inúmeros artigos em revistas da especialidade como, por exemplo, na Escola Portuguesa ou na Magistério (Dordonnat, 2003), em que dois títulos guardam o nome de Moreirinhas Pinheiro entre os seus autores.
Para além de ter publicado em revistas da especialidade, foi igualmente colaborador em vários jornais, dos quais se destacam o Diário de Coimbra, para onde começou a escrever em 1946, ainda aluno do Magistério daquela cidade, O Educador- semanário pedagógico e A Voz da Figueira (onde dirigiu a secção “Escola e Vida”).
A atividade de investigador alargar-se-ia à participação em obras coletivas. São da sua autoria as entradas “Albertina Maria da Costa”, “Áurea Judite de Amaral” e “Luísa Emília Seixo Robertes” no Dicionário no feminino (séculos XIX-XX)[17]. Tanto Albertina Maria da Costa, como Luísa Robertes, foram professoras da Escola Normal Primária para o sexo feminino, em Lisboa. Apesar de não ter o seu nome entre os dos autores do Dicionário de educadores portugueses[18], Moreirinhas Pinheiro colaborou, com as suas investigações e textos publicados, para a produção de mais de 30 entradas daquela obra de referência, nomeadamente na biografia de muitos dos professores que passaram pelas instituições antecessoras da ESELx (Escolas Normais masculina e feminina, Escola Normal Primária de Lisboa e Escola do Magistério Primário de Lisboa). Destaque-se, ainda, a entrada “Escola do Magistério Primário de Lisboa”, escrita para o Dicionário da história de Lisboa, obra de grande fôlego, editada no contexto comemorativo de Lisboa – Capital Europeia da Cultura, em 1994.
O desempenho como docente, que manteve ao longo de várias décadas, foi acompanhado pela produção de livros, muitos deles publicados em edição de autor ou patrocinados pelo Centro de Documentação e Informação da biblioteca da ESElx. Da relação bibliográfica feita, apresentada mais à frente, contam-se perto de três dezenas de títulos, divididos entre pedagogia e didática, história da educação, memórias e edições organizadas.
Não sendo possível abordar, com a devida atenção, cada um dos títulos da sua bibliografia, destacaremos apenas dois deles: o primeiro, dedicado à sua atividade pedagógica na EMPL; e o segundo, sobre a história da formação de professores na cidade de Lisboa.
O primeiro tem por título Introdução ao estudo da didáctica especial para uso dos alunos-mestres das escolas do magistério primário. Este manual para a formação de alunos-mestres das escolas do Magistério Primário conheceu três edições (1960, 1961 e 1967), sendo que a primeira edição resultou da compilação das aulas feita pelos seus alunos. A segunda edição seria revista e ampliada por Moreirinhas Pinheiro e a terceira edição passou a englobar apenas Didática A, em que o autor se especializara.
A Didática Especial continha as disciplinas de Metodologia, importantes para a “preparação teórica e prática dos alunos mestres das Escolas do Magistério Primário” (Pintassilgo e Pedro, 2012, p. 2). A partir de 1943, a Didática Especial sofreu alterações que a tornaram uma disciplina dedicada a áreas específicas, versando um ensino eminentemente prático. As áreas abarcadas pela Didática Especial eram a aritmética, a leitura, a escrita, a ortografia, a geografia, a história pátria, o desenho e os trabalhos manuais.
Em 1960, a disciplina foi dividida em grupo A e grupo B. O grupo A passou a incluir a Língua Portuguesa, a História e o Desenho; o grupo B incluiu a Aritmética e Geometria, Ciências Geográfico-naturais e Trabalhos Manuais. Esta divisão tomou em consideração a insuficiência de habilitações dos candidatos ao magistério primário para lecionarem no 2º ciclo dos liceus ou nos cursos das secções preparatórias para os institutos industriais e comerciais e para as escolas de belas-artes (Pintassilgo e Pedro, 2012).
No prefácio do autor, pode ler-se que o manual Introdução ao estudo da didáctica especial foi escrito numa linguagem simples e sintética, tendo sido reduzido “àquilo a que podemos chamar o «sumo», a essência, da matéria didáctica” (Pinheiro, 1961, p. 5). A estrutura do livro inicia com a introdução aos conceitos de Pedagogia, Educação e Didática, para depois desenvolver conteúdos didáticos de acordo com as diferentes áreas do saber: da Língua Portuguesa à História, passando pelas Ciências Naturais, Desenho, Trabalhos Manuais, Educação Musical e, até, Cinema Educativo.
É importante referir que este livro foi alvo de um estudo, apresentado por Joaquim Pintassilgo e Lénia Pedro ao X Congreso Iberoamericano de Historia de la Educación Latinoamericana, em 2012, na cidade de Salamanca (Pintassilgo e Pedro, 2012). Nesse estudo, analisou-se o conteúdo do manual, nomeadamente nas seguintes dimensões: definição de Didática; conceção da figura do professor; carga ideológica (política e religiosa); abordagem didática e pedagógica; e aplicação do Método Decroly.
O segundo título que destacamos intitula-se Do ensino normal da cidade de Lisboa (1860-1960), publicado em 1990 com o patrocínio da Porto Editora. Este livro foi distinguido com o prémio complementar do prémio municipal “Júlio de Castilho” de Olisipografia, atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa. A obra inclui alguns dos textos escritos e publicados anteriormente em revistas e em livros da sua autoria, acerca da história da formação de professores em Lisboa, nos séculos XIX e XX.
As matérias tratadas neste livro premiado são as seguintes: o movimento fundador da formação de professores no século XIX; o debate pedagógico do século XIX entre os defensores do Método Português de Feliciano de Castilho e da Cartilha Maternal de João de Deus; a vida institucional da Escola Normal Primária de Lisboa, até 1930; a educação no período republicano, entre 1910 e 1926; a história do Museu Pedagógico Municipal de Lisboa (1883) e da Biblioteca-Museu do Ensino Primário (1933); estudos sobre Irene Lisboa[19]; a época da Escola do Magistério Primário de Lisboa.
Os textos dos capítulos que estiveram na base deste livro foram o resultado de investigações feitas a partir das fontes manuscritas do Arquivo Histórico e do fundo de reservados do Centro de Documentação e Informação da biblioteca da ESELx.
Na recensão crítica feita ao livro, Nóvoa (1991) não poupou elogios ao seu autor, apontando este trabalho como uma fonte de inspiração para futuros estudiosos da história da formação do professorado em Portugal:
Após um período de relativo desinteresse por uma reflexão centrada na profissão docente, os trabalhos sobre os professores voltaram ao primeiro plano da investigação educacional no decurso dos anos 80. […] [Este livro] mobiliza memórias várias da formação de professores entre 1860 e 1960, reunindo um conjunto de dezasseis textos, a maioria dos quais anteriormente publicados nas revistas Escola Democrática e Lisboa – Revista Municipal. Trata-se de uma edição oportuna, que atesta o rigor e a tenacidade que o seu autor tem posto na recolha da documentação respeitante às instituições que antecederam a Escola Superior de Educação de Lisboa. (p. 6)
LEVANTAMENTO
BIBLIOGRÁFICO DA SUA PRODUÇÃO ESCRITA
Observações
Apresenta-se,
de seguida, uma listagem da produção escrita do professor Moreirinhas Pinheiro.
Importa referir que o conjunto de livros e de textos para revistas não
apresenta um fio condutor, isto é, o professor Moreirinhas Pinheiro, enquanto
autor motivado na sua escrita pelo passado histórico da atual ESELx, mostrou
uma amplitude assinalável de interesses pessoais que navegavam entre a dimensão
pedagógica e didática do ensino, as diferentes etapas históricas da formação de
professores e a memorialística, tendo deixado, igualmente, a sua marca enquanto
poeta.
Desta forma, para uma melhor visualização dos títulos, tendo em conta as temáticas e conteúdos abordados, quer em artigos de revistas quer em livros, optou-se por dividir a bibliografia nas seguintes categorias: pedagogia e didática; história da educação; história, cultura e literatura; memórias; poesia; e edições organizadas. Se os títulos inventariados na categoria “história da educação” têm um arco cronológico que cobre toda a sua atividade na EMPL e na ESELx, já as datas das referências da categoria “pedagogia e didática” são o reflexo da atividade docente que desenvolveu durante o período de existência da EMPL, isto é, entre 1958 e meados da década de Oitenta.
Esta produção escrita não contempla, nem os textos escritos para jornais, nem a sua participação direta, como investigador, no Dicionário de educadores portugueses, obra referida anteriormente. Após a pesquisa de natureza bibliográfica feita para a exposição inaugurada a 16 de dezembro de 2015, de que resulta a listagem apresentada de seguida, foi-nos oferecido um trabalho realizado e policopiado por Ana Cristina de Saavedra Moreirinhas Pinheiro Santana, filha do professor Moreirinhas Pinheiro, intitulado “Bibliografia de José Eduardo Moreirinhas Pinheiro”. Tivemos em conta este levantamento para a listagem que publicamos.
Pedagogia e Didática
1948
– A vontade, o sentimento religioso e o senso moral nas suas relações com a
educação. Instrução e Educação – Liga Escolar Católica (Coimbra).
1960 – Introdução a Decroly. Separata da revista Magistério – Revista de Cultura Pedagógica, nº 1.
1960 – Introdução ao estudo da didáctica especial para uso dos alunos-mestres das escolas do magistério primário. Lisboa: Oficinas de S. José. [2ª ed. 1961, 3ª ed. 1967]
1963 – Didáctica da gramática. Lisboa: Escolas Profissionais Salesianas.
1966 – Centros de interesse. Escola Portuguesa, 1307 (fevereiro).
1967 – A criança disléxica. Escola Portuguesa, 1316 (fevereiro).
1967 – O método de projectos e a linguagem. Escola Portuguesa, 1318 (Abril).
1968 – A literatura infantil. Escola Portuguesa, 1339 (novembro).
1969 – A prova de ditado. A nossa escola.
1969 – Notas sobre o método Cuisinaire. Escola Portuguesa, 1341 (março).
1973 – A lição de geografia no método Decroly. Escola Portuguesa, 1391 (dezembro).
1974 – O que é a grafologia? Encontro – Jornal das Escolas do Magistério Primário, 26 (março).
1989 – Breves considerações acerca da ortografia da redacção e da gramática na escola primária. In Atas do Congresso sobre a Investigação e Ensino do Português (Lisboa, 18 a 22 de maio). Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa; Ministério da Educação.
História
da Educação
1960
– Alguns educadores portugueses. Magistério – Revista de Cultura Pedagógica,
ano I, n.º 3
1965 – Notícia histórica sobre alguns educadores portugueses I – A Idade Média (Santo António de Lisboa, Pedro Julião e Álvaro Pais). Escola Portuguesa, 1298 (agosto).
1965 – Notícia histórica sobre alguns educadores portugueses II – Renascimento (André de Gouveia e padre Fernão de Oliveira). Escola Portuguesa, 1299 (setembro).
1965 – Educadores portugueses [do século XVI] (padre Manuel Álvares e João de Barros). Escola Portuguesa, 1300 (outubro).
1965 – Educadores portugueses [do século XVII] (Manuel Andrade de Figueiredo e Martinho de Mendonça de Pina e de Proença). Escola Portuguesa, 1301 (novembro).
1966 – Educadores portugueses [do século XVIII] (António Ribeiro Sanches e Luís António Verney). Escola Portuguesa, 1303 (janeiro).
1966 – Educadores portugueses [do século XVIII] (Jacob Rodrigues Pereira). Escola Portuguesa, 1307 (maio).
1966 – Educadores portugueses: Almeida Garrett (1799-1854). Escola Portuguesa, 1308 (junho).
1966 – Educadores portugueses [do século XIX] (António Feliciano de Castilho, D. António da Costa, João de Deus, Adolfo Coelho e José Augusto Coelho). Escola Portuguesa, 1310 (agosto).
1966 – Educadores portugueses. O século XX (António Aurélio da Costa Ferreira, António de Sena Faria de Vasconcelos). Escola Portuguesa, 1311 (setembro).
1966 – Padre Américo. Escola Portuguesa, 1391 (dezembro).
1967 – Livros raros do século XVIII existentes na biblioteca-museu do ensino primário. Escola Portuguesa, 1315 (janeiro).
1967 – Para a história da educação em Portugal: conferências pedagógicas no reinado de D. Luís. Escola Portuguesa, 1315 (janeiro).
1967 – Educadores portugueses. Padre Alexandre de Gusmão. Escola Portuguesa, 1317 (março).
1967 – História da educação (Manuel Andrade de Figueiredo e a Arte de Escrever). Escola Portuguesa, 1323 (setembro).
1967 – Os calígrafos. Escola Portuguesa, 1326 (dezembro).
1968 – Manuel Barata, educador e calígrafo do século XVI. Escola Portuguesa, 1331 (maio).
1968 – A obra pedagógica de Emílio Aquiles Monteverde. Escola Portuguesa, 1338 (dezembro).
1968 – Manuel de Andrade de Figueiredo, educador e calígrafo. Separata da Revista de Portugal, XXXIII, 46-50.
1969 – Mestre Inácio da cartilha. Escola Portuguesa, 1349 (novembro).
1969 – Para a história da educação – Castigos servis. Escola Portuguesa, 1350 (dezembro).
1969 – Alguns aspectos da obra pedagógica de António Aurélio da Costa Ferreira. Escola Portuguesa, 1348 (outubro).
1970 – Um educador esquecido: Jacob Rodrigues Pereira. Escola Portuguesa, 1358 (agosto).
1971 – Educadores portugueses esquecidos. Separata da revista Ocidente, LXXX.
1971 – No centenário de Ovídio Decroly. Escola Portuguesa, 1369 (julho).
1971 – Breve nota sobre a gramática do padre Manuel Álvares. Escola Portuguesa, 1374 (dezembro).
1971 – Adolfo Lima e a Biblioteca-Museu do Ensino Primário. Separata da Revista Ocidente, vol. LXXXI, nº 404.
1971 – A Biblioteca-Museu do Ensino Primário. Escola Portuguesa, 1371 (Setembro).
1973 – Um pedagogo espanhol na corte de D. João III: Francisco de Monçon. Escola Portuguesa, 1392 (junho).
1973 – Três educadores portugueses da Idade Média. Escola Portuguesa, 1393 (julho).
1973 – Faria de Vasconcelos. Escola Portuguesa, 1394 (agosto).
1973 – Educadores portugueses dignos de estudo. Escola Portuguesa, 1395 (setembro).
1974 – Os mestres da “Sorbonne” de Benfica. Escola Portuguesa, 1405 (julho).
1974 – Notas sobre a Escola Normal Primária de Lisboa. Escola Portuguesa, 1409 (novembro).
1976 – Notas sobre a Escola Normal Primária de Lisboa e alguns dos seus mestres. Lisboa: Edição da Escola do Magistério Primário de Lisboa.
1983 – Notícia histórica sobre alguns educadores do século XVI. Lisboa: Edição da Escola do Magistério Primário de Lisboa.
1984 – O museu pedagógico municipal de Lisboa. Escola Democrática, ano VII, nº 2 (dezembro).
1985 – A biblioteca e museu do ensino primário. Escola Democrática, ano VII, nº 3 (janeiro).
1985 – Actividade pedagógica de Irene Lisboa. Escola Democrática, ano VII, nº 3 (janeiro).
1985 – Contribuição para o estudo da obra de Adolfo Lima. Escola Democrática, ano VII, nº 5 (setembro).
1985 – Sinopse cronológica de alguns acontecimentos relacionados com a Escola Normal Primária de Lisboa. Lisboa – Revista Municipal, nº 14 (out/dez).
1985 – Irene Lisboa normalista. Escola Democrática, ano VIII, nº 1 (dezembro).
1987 – Os directores da Escola Normal Primária de Lisboa para o sexo masculino (1862-1930). Escola Democrática, ano IX, nº 2 (dezembro).
1987 – Cronologia de alguns acontecimentos relacionados com a Escola do Magistério Primário de Lisboa. Escola Democrática, ano IX, nº 2 (dezembro).
1988 – Os mestres efectivos da “Sorbonne” de Benfica (1920-1923). Escola Democrática, ano IX, nº 3 (janeiro).
1988 – Notas sobre a Escola Normal Primária de Lisboa. Ano de 1864. Lisboa – Revista Municipal, ano XLIX, 2.ª série, nº 23 (jan/mar).
1989 – História breve do “Método português Castilho”. Escola Democrática, ano IX, nº 4 (janeiro).
1989 – Dois curiosos regulamentos disciplinares da Escola Normal Primária de Lisboa no ano de 1864. Escola Democrática, nº 5 (agosto).
1989 – Factos e documentos inéditos da Escola Normal de Lisboa. Escola Democrática, nº 1 (setembro).
1989 – Alguns documentos sobre a actividade pedagógica de António Aurélio da Costa Ferreira na Escola Normal Primária de Lisboa. Escola Democrática, nº 1 (setembro).
1989 – Breve cronologia da actividade pedagógica de Irene Lisboa. Escola Democrática, nº 2 (outubro).
1990 – Notícia histórica sobre a Escola do Magistério Primário de Lisboa. Escola Democrática, nº 3 (fevereiro).
1990 – Notas sobre a vida quotidiana na escola anexa à Escola Normal Primária de Lisboa, no ano de 1864. Escola Democrática, nº 4 (abril).
1990 – Como foram providos definitivamente os professores contratados da Escola Normal Primária de Lisboa no ano de 1923. Escola Democrática, nº 1 (novembro).
1990 – Do ensino normal na cidade de Lisboa. 1860-1960. Lisboa: Porto Editora. [Prémio complementar do prémio municipal “Júlio de Castilho” de Olisipografia]
1990 – Adolfo Lima: história de uma prisão. Escola Democrática, nº 2 (fevereiro) e Informação em Educação. Boletim do Centro de Educação e Informação [Escola Superior de Educação de Lisboa], ano 1, nº 1 (out/dez), 9-21.
1990 – Notas sobre algumas obras para o estudo da pedagogia, publicadas em Portugal no século XIX. Boletim do Centro de Educação e Informação [Escola Superior de Educação de Lisboa], ano 1, nº 1 (out/dez), 22-28.
1990 – Uma alocução do Dr. Adolfo Ferrière dirigida aos alunos das Escolas do Magistério Primário de Portugal. Boletim do Centro de Educação e Informação [Escola Superior de Educação de Lisboa], ano 1, nº 1 (out/dez), 29-36.
1990 – Irene Lisboa e a educação infantil. Boletim do Instituto de Apoio à Criança, nº 11 (dezembro).
1991 – Actividade pedagógica de Ilda Moreira. Escola Democrática, nº 3 (julho).
1991 – António Nunes Ribeiro Sanches, inspirador do «Colégio Real dos Nobres». Boletim do Centro de Educação e Informação [Escola Superior de Educação de Lisboa], ano 1, n.ºs 2-4 (jan/set), 21-28.
1991-1992 – Inquérito do “Bureau International d’Éducation” sobre o ensino da psicologia nas Escolas Normais. Boletim do Centro de Educação e Informação [Escola Superior de Educação de Lisboa], ano 2, n.ºs 1-4 (out 1991/set 1992), 55-62.
1991-1992 – Primícias literárias de Irene Lisboa: notícia de um diário inédito. Boletim do Centro de Educação e Informação [Escola Superior de Educação de Lisboa], ano 2, n.ºs 1-4 (out 1991/set 1992), 63-71.
1991-1992 – Relatório inédito de Tomás Borba, redigido em Setembro de 1928. Boletim do Centro de Educação e Informação [Escola Superior de Educação de Lisboa], ano 2, n.ºs 1-4 (out 1991/set 1992), 72-79.
1991-1992 – A propósito do centenário do nascimento do Doutor João da Silva Correia: achegas para uma bibliografia. Boletim do Centro de Educação e Informação [Escola Superior de Educação de Lisboa], ano 2, n.ºs 1-4 (out 1991/set 1992), 80-86.
1992 – Viagens de estudo e vivências pedagógicas de Irene Lisboa. Escola Democrática, ano XII, n.º 1.
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1995 – Escolas, espaços de educação: 10 anos de actividade,1985-1995. Lisboa: Escola Superior de Educação de Lisboa. [foi um dos coautores]
1995 – Elementos para o estudo da Escola Normal Primária de Lisboa. Lisboa: Escola Superior de Educação.
1996 – Escritos vários relativos à Escola Normal Primária e à Escola do Magistério Primário de Lisboa. Lisboa: Escola Superior de Educação.
1997 – Notas e documentos para a história do ensino primário e normal. Lisboa: Escola Superior de Educação.
1998 – Subsídios e reflexões para a história do ensino primário e normal. Lisboa: Escola Superior de Educação.
1998 – A evolução da Biblioteca e Museu do Ensino Primário. Cadernos do Projecto Museológico sobre Educação e Infância [Escola Superior de Educação de Santarém], 107.
1999 – Notas para a história do ensino em Portugal. Lisboa: Escola Superior de Educação.
2000 – Algumas notas acerca de «A arte de criar bem os filhos na idade da puerícia» do padre Alexandre de Gusmão (1685). Actas do III Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação. Coimbra: Universidade de Coimbra.
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2001 – José Cerqueira Moreirinhas, professor e reitor do Liceu Mouzinho da Silveira. Actas do 3º Encontro de História Regional e Local do Distrito de Portalegre (Portalegre, Escola Superior de Educação, 1998), vol. II. Lisboa: Associação de Professores de História.
2001 – Notas sobre personalidades e instituições de ensino e da cultura em Portugal. Lisboa: Escola Superior de Educação.
2002 – Notas dispersas sobre escolas e professores. Lisboa: Escola Superior de Educação.
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2005 – Dicionário no feminino (séculos XIX-XX) (dir. de Zília Osório de Castro e João Esteves). Lisboa: Livros Horizonte. [autor das entradas “Albertina Maria da Costa”, “Áurea Judite de Amaral” e “Luísa Emília Seixo Robertes”]
2008 – Notas para a história da (boa e da má) educação. Lisboa: [ed. Autor].
2009 – Algumas notas sobre experiências e vivências de um professor da Escola do Magistério Primário de Lisboa. In Joaquim Pintassilgo e Lurdes Serrazina (orgs.), A Escola Normal de Lisboa e a formação de professores. Arquivo, história e memória (pp. 139-149). Lisboa: Edições Colibri.
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2011 – Arquivo, histórias e memórias sobre escolas e professores. Lisboa: [ed. Autor].
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História,
Cultura e Literatura
1960
– O significado patriótico da obra de Gago Coutinho. Escola Portuguesa,
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1968 – Martim de Freitas visto por Alexandre Dumas. Revista Ocidente, vol. LXXIV, nº 362.
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1970 – Diário inédito de um combatente das campanhas do Cuamato. Separata da revista Studia, nºs 30-31, 173-190.
1971 – Notícias históricas de Lisboa na época da Restauração: extractos da Gazeta e do Mercúrio Português (seleção, prefácio e notas) (ed. Lit.). Lisboa: Câmara Municipal.
1972 – Legislação dos reinados de D. José e de D. Maria I relacionada com a cidade de Lisboa. Lisboa – Revista Municipal (selecção, prefácio e notas), n.ºs 132/133 e 134/135.
1986 – Os primeiros passos do Teatro Nacional de D. Maria II. Escola Democrática, nº 2 (março).
2004 – A agitação da igreja em Portugal a partir de 1833. V Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação: Igreja, Estado e Sociedade Civil. Évora: Universidade de Évora.
Memórias
1975
– Jornal de impressões de um professor primário. Ano lectivo de 1957-1958.
Lisboa: [ed.Autor].
1981 – Homenagem ao dr. Octávio Neves Dordonnat. Lisboa: Escola do Magistério Primário de Lisboa.
1996 – Elementos para um livro de memórias. Lisboa: [ed. Autor].
2010 – Álbum de família. Recolha de textos inéditos. Lisboa: [ed. Autor].
2012 – O aprendiz de memorialista. Lisboa: [ed. Autor].
2014 – Folhas soltas de bem e de mal dizer. Lisboa: [ed. Autor].
2015 – Folhas poéticas ao sabor do vento. Antologia breve. Lisboa: [ed. Autor].
2015 – Notas de guerra e de paz. Lisboa: [ed. Autor].
Poesia
1976 – Dez poemas de amor. Lisboa [ed. Autor].
1979 – Vem brincar comigo. Lisboa: [ed. Autor].
Edições organizadas
1962 – Notas ao “Hissope”. Separata da revista Ocidente, vol. LXII.
1962 – O vilancete de Camões aos Olhos Gonçalves (por J. Cerqueira Moreirinhas). Separata da revista Ocidente, vol. LXIII.
1972 – Estudos camonianos [contribuição da Câmara Municipal de Lisboa para as comemorações do IV centenário da publicação de “Os Lusíadas”]. Lisboa: Biblioteca de Estudos Olissiponenses. [co-organização de Fernando Castelo-Branco]
2013 – Literatura e história (textos ressuscitados de J. E. Moreirinhas Pinheiro; textos inéditos do Dr. José Cerqueira Moreirinhas). Lisboa: [ed. Autor].
NOTAS FINAIS
Este artigo, como ficou vincado desde o início, procura dar a conhecer, às gerações mais jovens de alunos e de professores, a figura de José Eduardo Moreirinhas Pinheiro. O seu nome é uma referência incontornável da história da educação portuguesa, nomeadamente da história da formação de professores. Nascido no tempo da Primeira República, a sua formação, enquanto aluno e professor, decorreu durante as décadas do Estado Novo e o início do Portugal democrático. Foi professor de Didática e de Legislação e Administração Escolares, mas foi, igualmente, um investigador multifacetado. A sua obra escrita, sobretudo centrada nas temáticas da pedagogia e da história da educação, é a materialização de um autor que esteve sempre atento às idiossincrasias da Escola portuguesa e dos seus protagonistas.
Enquanto docente, acompanhou as principais fases da construção da atual ESELx e não deixou de ter um papel interventivo na vida da Instituição, fosse no plano pedagógico, fosse no plano administrativo, aquando do seu papel de diretor num tempo de transição da EMPL para o contexto democrático.
Tendo em conta o seu trajeto profissional, as ligações de amizade mantidas com figuras ilustres da cultura portuguesa e a extensa obra escrita, estará por realizar um trabalho biográfico dedicado à sua figura. O seu lugar na historiografia da educação portuguesa, bem como a sua ligação a instituições educativas, podem constituir duas das premissas de um futuro estudo biográfico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fontes
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Estudos
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Castelo, C. (2003). José Maria Gaspar [entrada], in A. Nóvoa (dir.), Dicionário de educadores portugueses (pp. 623-625). Porto: Edições Asa.
Dordonnat, Octávio Neves [entrada] (2003). In A. Nóvoa (dir.), Dicionário de educadores portugueses (pp. 499-501). Porto: Edições Asa.
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Pintassilgo, J. & Pedro, L. C. (2012a). Formação de professores e “escola ativa”: reflexões em torno de uma “tradição de inovação”. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, 3-23. Consultado a 18 de dezembro de 2015 em http://hdl.handle.net/10451/10736
Contacto: Nuno Martins Ferreira, CIED, Escola Superior de Educação de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa, Campus de Benfica do IPL, 1549-003 Lisboa, Portugal / nunoferreira@eselx.ipl.pt
(Recebido em fevereiro de 2016, aprovado em junho de 2016)
NOTAS
[1]
Em 1936, a ENPL conheceria o seu fim, através do decreto-lei nº 27 279 de 24 de
Novembro de 1936 que suspenderia as matrículas em todas as Escolas Normais do
país, levando ao encerramento da Escola de Lisboa por um período de seis anos
(Pinheiro, 1976, p. 23).
[2] Grupo constituído pelos docentes da ESELx: Antónia Estrela, Bianor Valente, Rui Covelo e Nuno Martins Ferreira. Este grupo nasceu da vontade de assinalar a passagem dos cem anos do lançamento da primeira pedra do edifício principal da ESELx (1916-2016) e do início do seu funcionamento (1918-2018).
[3] Foram expostos os seguintes diplomas: o da nomeação interina para leccionar na EMPL as disciplinas de Didática Especial e de Legislação e Administração Escolares (1958); o do prémio atribuído a uma das suas obras sobre a formação de professores em Lisboa (1990); e o da atribuição da medalha de prata de primeira classe do Instituto Politécnico de Lisboa (2009).
[4]D Sobre o espólio existente no Arquivo ver: L. C. Pedro & J. Pintassilgo (2012), O Arquivo Histórico da Escola Superior de Educação de Lisboa: análise da documentação existente. In M. J. Mogarro & M. T. S. Cunha, (orgs.), Rituais, espaços & patrimónios escolares. IX Congresso Luso Brasileiro de História da Educação (Atas). Lisboa: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Disponível em http://tinyurl.com/qzed65j
[5] Entre muitos cargos e atributos, José Maria Gaspar foi docente de Didática Especial e Legislação e Administração Escolares na Escola do Magistério Primário de Coimbra, precisamente as mesmas disciplinas que viriam a ser lecionadas por Moreirinhas Pinheiro em Lisboa.
[6] Margarida Saavedra (1925-1974) foi professora e secretária da Escola de Aplicação anexa à EMPL (Pinheiro, 2011).
[7] Orbelino Geraldes Ferreira (1914-1965) diplomou-se na Escola Normal Primária de Coimbra e foi professor do ensino primário até ser nomeado docente em Lisboa. Destacou-se no campo da Didática e da Metodologia, tendo colaborado com José Maria Gaspar na publicação de Notas de didáctica geral (1ª ed. de 1944) e de Didáctica prática (1953). A colaboração com José Maria Gaspar estender-se-ia à publicação de Legislação e administração escolares (1945). Acérrimo defensor do regime salazarista, escreveu, sobretudo no jornal O Educador, diversos textos apologistas do Estado Novo e defensores de uma moral cristã em oposição aos perigos do Comunismo (Ferreira, 2003).
[8] As causas do seu afastamento estão ainda hoje por explicar. O facto de ter escrito inúmeros textos no jornal O Educador sob a capa de um pseudónimo – Maria Santarina – “para abordar assuntos mais delicados ou para dar livre curso à sua pena cáustica e truculenta” (Ferreira, 2003, p. 556), indiciam uma sanção política que terminaria no seu despedimento.
[9] Introdução a Decroly. Separata da revista Magistério – Revista de Cultura Pedagógica, 1960.
[10] O decreto nº 22 369 de 30 de Março de 1933, que vigorou até 1974, reorganizou os serviços de administração, de orientação pedagógica, de inspeção e disciplinares do ensino primário, com o intuito de massificar os ideais pedagógicos e educativos do Estado Novo. Esta nova organização, que passou a concentrar todos os poderes no diretor-geral do Ensino Primário, previa a existência de inspetores de distrito, em todos os concelhos e a nível local (Lume & Pintassilgo, 2002).
[11] Literatura e história (textos ressuscitados de J. E. Moreirinhas Pinheiro; textos inéditos do Dr. José Cerqueira Moreirinhas). Lisboa: [ed. Autor].
[12] Autor de vasta bibliografia dedicada à história de Lisboa e aos autores que sobre ela escreveram. Destaquem-se dois títulos: Breve história da olisipografia (Lisboa: Instituto de Cultura Portuguesa, 1979) e Lisboa Seiscentista (Lisboa: Câmara Municipal, 1956). Esta última referência conheceu quatro edições.
[13] Martim de Freitas visto por Alexandre Dumas. Revista Ocidente, vol. LXXIV, nº 362, 1968. A novela Martin de Freitas foi escrita, em francês, por Alexandre Dumas (pai) em 1835. Conheceria tradução portuguesa em 1841.
[14] Uma cópia inédita de "O Hissope". Separata da revista Ocidente, vol. LXXVI, nº 370, 1969. O Hissope, poema heroico-cómico, foi escrito por António Dinis da Cruz e Silva na última metade do século XVIII e dado a conhecer no período da primeira invasão francesa que colocou o general Andoche Junot a governar o país na ausência da família real portuguesa.
[15] Notícias históricas de Lisboa na época da Restauração: extractos da Gazeta e do Mercúrio Português (seleção, prefácio e notas) (ed. Lit.). Lisboa: Câmara Municipal, 1971.
[16] Selecionou, prefaciou e anotou a Legislação dos reinados de D. José e de D. Maria I relacionada com a cidade de Lisboa. Lisboa – Revista Municipal (selecção, prefácio e notas), n.ºs 132/133 e 134/135, 1972.
[17] Obra dirigida por Zília Osório de Castro e João Esteves; coordenação de António Ferreira de Sousa, Ilda Soares de Abreu e Maria Emília Stone (Lisboa: Livros Horizonte, 2005).
[18] Obra dirigida por António Nóvoa (Porto: Asa Editores, 2003).
[19] Moreirinhas Pinheiro deu a conhecer, em diversos trabalhos, a obra pedagógica, pouco conhecida até então, da escritora Irene Lisboa, ela que foi professora primária e escreveu dezenas de artigos para revistas de educação.
Destacamos a descoberta feita pelo autor de um compêndio para a 2ª classe do ensino primário que não fora aprovado pelo Estado Novo. Ver Primícias literárias de Irene Lisboa: notícia de um diário inédito. Boletim do Centro de Educação e Informação [Escola Superior de Educação de Lisboa], ano 2, n.ºs 1-4 (out 1991/set 1992), 63-71.